Dor de cabeça: cirurgião-dentista cria tratamento para curar enxaqueca

Profissional neoveneziano tem curado pacientes com dor de cabeça por todo o Brasil e até países vizinhos.

Sofrendo anos com dores de cabeça diagnosticadas como enxaqueca, o cirurgião-dentista neoveneziano e descendente de alemães, Nivaldo Nuernberg, de 75 anos, depois de passar muita dor, acabou descobrindo uma forma de tratar e curar o problema por meio da própria profissão.

Com reposicionamento e reprogramação da mandíbula quando tinha 30 anos, o profissional conseguiu resultados mais que positivos para si mesmo. Com o passar das décadas tem beneficiado centenas de outros pacientes.

O que fazer para aliviar a dor de cabeça?

Antes de conseguir curar a própria enxaqueca com o reposicionamento da mandíbula, Nuernberg conta que havia buscado tratamento em diversos lugares, como Florianópolis, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Nuernberg iniciou a pesquisa e aplicação da técnica em 1972, sendo convidado a falar do seu trabalho em países como: Itália, México e Estados Unidos.

“Fui submetido a inúmeros exames e por todos os médicos que consultei, tive como diagnóstico o de ser vítima de enxaqueca, de causa desconhecida. Um neurologista sugeriu que eu deveria aprender a conviver com o problema. Juro que tentei, mas não consegui. Posteriormente, concluí que a causa do meu sofrimento só poderia estar localizada fora da área de atuação dos médicos com quem me consultei. Sendo um cirurgião-dentista, concentrei minha atenção pesquisando uma possível causa e o consequente tratamento na área da odontologia. A suspeita aumentava conforme aprofundava meus estudos, até que coloquei em prática minhas observações, que deram resultados positivos, e concluí o tratamento”, explica.

Depois dele próprio, a primeira paciente do cirurgião-dentista foi uma mulher que havia ido ao consultório para repor um dente da frente, em Florianópolis. “Ao examiná-la, percebi que tinha características semelhantes e que a enxaqueca que ela possuía era originada da sua musculatura e maneira de fechar a boca. Fiz o tratamento, funcionou e, depois daquilo, ela me encaminhou inúmeros outros pacientes. Até hoje, já atendi centenas pessoas de todas as partes do Brasil, como Recife, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Espirito Santo, e até mesmo de países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia”, lembra.

Pacientes reconhecem eficácia do tratamento para dor de cabeça

Cura para dor de cabeça
O cirurgião-dentista neoveneziano Nivaldo Nuernberg, em sua casa em Nova Veneza, Santa Catarina. © Willians Biehl

A empresária Caroline Bozzano, de 29 anos, chegou a ter três meses de dores de cabeça agudas e ininterruptas. Procurou diversos especialistas e todos afirmaram que o problema era por enxaqueca ou até mesmo alimentar.

No entanto, nada parecia resolver a situação, até que seu pai ficou sabendo do tratamento que vinha sendo realizado por um amigo, que curava dores de cabeça através de melhorias na boca.

“Na consulta, o doutor Nivaldo viu que eu realmente tinha vários problemas na boca, que foi corrigindo aos poucos. Faz dois meses que vou ao seu consultório e, nesse meio tempo, minhas dores de cabeça intensas se tornaram dorzinhas que só sinto de vez em quando. Ainda vou colocar aparelho dentário para solucionar outros pontos e a expectativa é que, no fim, não sofra mais com enxaquecas”, alega.

Informações recentes

Nuernberg ainda ressalta que a relação entre a odontologia e a dor de cabeça é algo recente, uma vez que o embasamento científico sobre o caso vem sendo criado basicamente nas últimas décadas, como forma de alento às pessoas que sofrem com o problema e outras complicações relacionadas a ele.

Outros problemas com a mesma causa

Além do já mencionado, conforme o cirurgião-dentista, outros males ou distúrbios podem estar ligados às questões odontológicas, como as falsas labirintites e otites, ruídos, zumbidos ou estalidos nos ouvidos, perturbações visuais, dores musculares localizadas na cabeça e pescoço, alteração no timbre da voz e crises conversivas, geralmente confundidas com crises convulsivas.

“Em relação às crises convulsivas e conversivas, são muito confundidas porque as manifestações são idênticas. A diferença é que as crises convulsivas são relacionadas com alterações neurológicas, normalmente com a epilepsia, sendo controláveis com os diversos medicamentos, enquanto que as crises conversivas relacionam-se ao estresse, comumente causado pela dor física ou pelo sofrimento moral, diante da incerteza quanto a origem da dor ou de possível doença. Essas não são controláveis com o uso de medicamentos”, afirma Nuernberg.

Contato disponível

Interessados em agendar uma consulta podem ligar no (48) 3338-8000. Apesar de ser natural de Nova Veneza, o consultório do profissional está localizado no bairro Monte Verde, em Florianópolis.

“Caso existam pessoas que já não alimentam nenhuma esperança de cura de suas respectivas enxaquecas por já terem se submetido à diversos tratamentos, me disponibilizo a examiná-las para um diagnóstico diferenciado, até mesmo gratuitamente, visando dar um alento aos que sofrem com este mal que atinge tantos, em todo o mundo”, finaliza Nuernberg.

Por Francine Ferreira

42 Comentários

  1. Desde meus 9 anos tive minha primeira crise de enxaqueca fiquei internado 7 dias tinha crise 2 vezes só mês quando fui ao dentista fiz um tratamento com aparelho bucal minha crise se estende para um ano quando parei o tratamento. Hoje com 38 as nós voltou a dar a crise 2 vezes só mês

  2. Realmente quando na área médica a causa de uma cefaléia é pesquisada e não detectada, ela passa a ser rotulada como ENXAQUECA e é assim tratada, porem quando ela resiste ao efeito dos diversos medicamentos, que é a sua característica principal, com quase total certeza, trata-se de uma CEFALÉIA ODONTOGÊNICA e, a sua causa deve ser pesquisada e tratada com sucesso na área da Odontologia. Agradeço a gentileza da sua interveniência.

  3. Quem atende em NV é minha filha Cecilia. Ela pode fazer uma consulta e te orientar. Ela vai voltar a residir em Fpolis, mas se necessario poderás vir até aqui não é tão longe, comparado aos que vem do Ceará e Pernambuco

  4. Excelentes as pesquisas – e tratamentos instituídos – de Dr. Nurnberg com relação a estas cefaléias tensionais, confundidas, sim, com episódios enxaquecosos. Cumprimentos.

  5. Parabéns Marcelo pela coragem e grandeza em expor esta parte da tua estória. Isto chama-se solidariedade e fraternidade. Certamente vai dar ânimo para outros que sofrem sem alimentar qualquer esperança de cura. Abraço

  6. Se a dor persiste mesmo com o uso de medicamentos é sinal de que eles não atingem a causa desencadeadores a qual deve relacionar-se com as suas arcadas dentárias. Um bom exame clínico lhe dá está informação.

  7. Não publiquei nada. Compartilhei o que faço através de palestras e cursos. Não faço segredo em respeito ao sofrimento alheio, vítimas das disfunções oclusais. Milhões sofrendo e poucos dedicados a trata-los. Disponha.

  8. Parabéns pelo trabalho Dr. TEM ALGUMA PUBICACAO DA TÉCNICA EMPREGADA NO TRATAMENTO? Gostaria de ler algum trabalho a respeito da sua técnica! Parabéns!

  9. Telma Assis Milhares e milhares de pessoas que por meio desta matéria ficaram sabendo de uma chance de cura e você diz que é desnecessária?

  10. Não entendi isso ser novidade. Eu e meu marido somos dentistas . Meu marido faz este trabalho com a reposicão da oclusão correta desde que eu o conheço. ..há mais de 30 anos, isso é novidade? ?????

  11. Sofri enxaqueca anos so passava com massagem na nuca ..ombros e costas…curei muita gente c massagem..eh ansiedade..qdo passei a clamar Jesus e Descansar….acabou!!!!!

  12. Dr que bom saber. Preciso muito desse tratamento. Sofro com dores de cabeça e pescoço por conta da disfunçao da ATM. Tenho dores constantes e quando fico nervosa e estressada elas pioram. É horrível.