No decorrer do mês de novembro acompanhamos várias notícias sobre incêndios em turfa. Esse material consiste em vegetais que estão há muito, muito tempo depositados sob a terra. Ai por motivos como, queima em lixo, bituca de cigarro acesas, descargas elétricas e outros, podem dar início a incêndios.
Eu estava no meu ap em Criciúma, assistindo na tv uma partida de futebol, quando senti o cheiro inesquecível da queima de turfa. Isso ocorreu agora na última semana do mês passado. Nos anos 90 combatemos, eu e os demais colegas, um grande incêndio ali em Maracajá, próximo e no parque ecológico.
O local era arenoso e se desprendia do solo fumaça densa, e por vezes não havia chão seguro para pisar. Árvores gigantes e centenárias ao chão expondo suas raízes, animais mortos ao longo do ambiente sinistrando. As imagens eram de desoladoras, mas, avançávamos paulatinamente no combate.
Havia um córrego nas proximidades de onde retirávamos a água, mangueiras mais mangueiras eram usadas naquele momento. Por mais que cuidássemos do material os danos eram inevitáveis. O estabelecimento de extinção teve frentes distintas e quando se pensava que iriamos avançar, tínhamos que recuar, pois ocorria a reignição.
Assim ficamos um mês inteiro, indo todos os dias nesta ocorrência, e sabem como terminou? Com a vinda das chuvas que perduraram por dias, salvando fauna e flora que restavam.
Desta forma a prevenção para que não ocorra incêndios em vegetações, é a nossa principal “arma” contra a devastação citada acima. Ainda mais incêndio em turfa, que desprende muito tempo de combate, servindo mais para uma resposta a comunidade, do que sua extinção propriamente dita.
Prevenção é a palavra gente! Antes de tomar qualquer ação que possa provocar fogos descontrolados, leia-se incêndio, pense na mata, nos bichinhos, nas pessoas …
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