Conhecida como algo passageiro, já teve até mesmo título de “futilidade”, mas hoje, depois de muitos sinais de desgaste, a moda começa a percorrer outro caminho, mais consistente, menos efêmero.
Isso mesmo, não há mais espaço para aquela velha moda cheia de regras que conhecíamos. É o momento de uma moda humanizada e com princípios sociais claros.
E quem são os “culpados” por tudo isso?
Nós, uma geração de consumidores que não aceitamos mais a alienação de “comprar por comprar”, “comprar para acumular”, “comprar para pertencer”. E isso demostra, felizmente, um amadurecimento do mercado como nunca se viu.
Para quem viveu o auge dos anos 90, certamente lembra bem o quanto escravos da moda éramos. Ou se tinha o tal tênis de tal marca ou não se fazia parte do grupo mais cool da escola, lembro-me bem disso. Éramos aceitos por aquilo que carregávamos por fora e não por dentro.
Seria utopia pensar que hoje isso está mudando? Certamente não. Atualmente, mais do que roupas queremos experiências, queremos nos relacionar com elas, e assim como muito antigamente, queremos que elas durem, durem muito mais. A imagem que queremos passar através das roupas está cada vez menos ligada a palavras como poder e riqueza. Queremos viver, viajar, ler bons autores, desfrutar de bons momentos, estar com quem amamos. Estamos muito mais evoluídos culturalmente e roupa não é mais prioridade. Claro que ainda temos um longo caminho a percorrer.
E o que esperar de tudo isso?
Certamente não será o fim da moda, mas ela precisará olhar mais para as pessoas e seus ideais. Continuaremos consumindo, mas de uma forma mais consciente. Compraremos menos? Não tenho a resposta. Mas, com toda a certeza, compraremos cada vez melhor. E para quem produz, é hora de uma revisão nos velhos conceitos.