O Programa busca a interação entre Promotores e Procuradores de Justiça com crianças e adolescentes, por meio de debates que discutam os problemas sociais relacionados pelos estudantes, repassando aos alunos noções de cidadania e informações acerca da atuação do Ministério Público.
Nos próximos dois anos, o Ministério Público Santa Catarina (MPSC) intensificará a sua atuação preventiva com a criação do Grupo de Valorização à Ética e à Cidadania (GVEC). Entre as medidas do GVEC está a operacionalização do Programa Cultivando Atitudes, uma ampliação do projeto “Conhecendo o MPSC” que tinha como foco apresentar a Instituição, com o auxílio de uma cartilha institucional.
O Programa Cultivando Atitudes foi elaborado pela Coordenadoria de Comunicação Social (COMSO) com o apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do MPSC para que Promotores e Procuradores de Justiça possam interagir com crianças e adolescentes, em sala de aula, por meio de dinâmicas em grupo, com a promoção de debates que discutam os problemas sociais relacionados pelos estudantes, repassando aos alunos noções de cidadania e informações acerca da atuação do Ministério Público.
Para que a comunidade possa conhecer e se inscrever no Programa, foi desenvolvida uma página no Portal da Instituição com um formulário para que as escolas interessadas possam fazer uma pré-inscrição para receber a visita de um Promotor de Justiça. Ao preencher o formulário, o MPSC entrará em contato com a escola e analisará a melhor maneira de organizar e realizar o encontro. Além do formulário, é possível também que o Promotor ou Procurador de Justiça entre em contato com a escola e agende a palestra.
As dinâmicas
Para auxiliar o diálogo e memorizar as discussões dos encontros, os alunos participantes recebem um kit composto por uma mochila ecológica, um marca-páginas com mensagens explicativas do projeto, folders, um estojo e um lápis.
Cada aluno recebe um lápis que contém frases promovem durante o encontro a discussão dos problemas sociais (veja abaixo as frases). Na ponta de cada lápis, há sementes de árvores frutíferas, para que os alunos, após utilizarem o lápis, possam plantar as sementes, num gesto simbólico de cultivo às boas necessidades. Aos professores participantes é entregue um certificado de multiplicador do projeto.
O projeto foi formatado para que as visitas às escolas sejam produtivas. Contribuirá para que jovens e adolescentes conheçam melhor a atuação do MPSC por meio de exposição interativa, moderna e dirigida para o debate acerca de assuntos de interesse daquele público/escola.
As experiências
A Promotora de Justiça Luísa Zuardi Niencheski fez uma apresentação em Erval Velho para aproximadamente 60 crianças. Dialogou com os estudantes sobre o que é o Ministério Público e apresentou conceitos de cidadania, dentre outros assuntos. “As crianças questionaram sobre casos do cotidiano. Depois elas receberam os kits e leram em voz alta as frases dos seus lápis. Tiveram muito interesse em saber se podiam mesmo plantar o lápis como aparece no vídeo. As crianças realmente adoraram a ideia! ”
O Promotor de Justiça Paulo Antonio Locatelli realizou a palestra em Florianópolis. Cerca de 70 crianças ouviram sobre a atuação do MPSC e também foram presenteadas com os kits. “É fundamental o Promotor de Justiça sair do gabinete e visitar a sociedade, a comunidade e as escolas. O Programa se encaixa perfeitamente com esse perfil do Ministério Público, que é de mostrar as boas práticas e cultivar o bem. As crianças assimilam de forma fácil as frases emblemáticas, argumentam e depois percebem a importância da continuidade do projeto com o plantio da semente”, ressaltou.
A Promotora de Justiça Fernanda Broering Dutra fez a palestra em Tubarão e falou sobre a experiência positiva. “Cultivando atitudes, semeando esperança para a colheita de uma sociedade melhor. Foi gratificante poder fazer parte da formação de alguns jovens, incutindo-lhes o interesse pelos seus direitos e deveres como cidadãos!
Em Concórdia, o Promotor de Justiça Marcos Batista de Martino também foi para uma escola e conversou com 35 alunos. Durante as atividades, De Martino explicou as funções do Promotor de Justiça, ressaltou condutas indevidas do cotidiano dos alunos que devem ser evitadas e destacou a importância de cultivar boas atitudes. “Participar do Projeto Cultivando Atitudes foi extremamente gratificante, tanto no plano pessoal como profissional, uma vez que aproxima o Ministério Público da sociedade, que muitas vezes desconhece o papel do Promotor de Justiça.”
O Promotor de Justiça Guilherme Brito Laus Simas já conversou com mais de mil crianças em Campo Erê. “Falamos sobre fornecimento de bebidas alcoólicas e drogas a adolescentes, além de infrações cometidas pela internet, como o cyberbullying, entre outros atos infracionais recorrentes na Comarca”, disse.
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