Ao final da última sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Nova Veneza, 9, o clima entre os parlamentares não ficou entre os melhores. Isso porque durante a reunião, seria aprovada em comum acordo entre todos os vereadores, a segunda etapa da introdução de uma nova ferramenta de apoio às entidades.
A Proposta de Emenda à Lei Orgânica 2/2021 possibilitaria aos vereadores indicar recursos do orçamento municipal para a aplicação em obras, serviços e ações de melhorias a serem implementadas pelo Poder Executivo.
Na prática, daria independência ao vereador para trabalhar em prol da comunidade. O problema foi que a bancada que apoia o governo, por imposição do executivo, voltou atrás no momento da votação, contrariando a decisão tomada em conjunto.
Os vereadores Edaltro Bortolotto, Arlindo da Silva e Ricardo Ugioni foram contrários ao benefício. O vereador João Paulo Cunico entrou em licença no dia da votação e não votou no segundo turno. Já o vereador Aroldo Frigo Júnior não participou do primeiro turno da votação pois estava de licença.
Para o presidente da Casa, o vereador Evandro Gava, foi uma grande decepção. “Perdemos uma grande oportunidade de inovar e dar autonomia para os vereadores ajudarem as entidades. A lei cria dificuldades para o prefeito fazer isso, seria a solução deste problema, trazendo uma mudança benéfica para o povo e para a política de Nova Veneza”, falou. “Essa decisão mostra que os vereadores não têm liberdade de escolha, mostra que a velha política infelizmente ainda é uma realidade em Nova Veneza”, acrescentou o presidente.
Um dos vereadores que intermediou a conversa, Maykon Michels, não escondeu a frustração. “São homens que não tem palavra, que não honram a calça que vestem. Como o eleitor vai confiar em alguém assim? Isso é absurdo”, falou durante a reunião.
Após o Vereador Elton Nuernberg finalizar a sessão pedindo que os colegas buscassem o significado da palavra “lacaio” no dicionário, não houve mais nenhuma conversa. O clima para as próximas sessões promete ser tenso na Câmara de Vereadores.
Por Willians Biehl