Quando acabou a novela “Em Família” demos graças a Deus, ela não agradou a maioria dos telespectadores. O início da nova novela – “Império” – pareceu um pouco melhor, pelo menos foi isso que os primeiros capítulos mostraram.
Passando os dias, as tramas iniciaram e uma delas tem chamado minha atenção: os pais Magnólia (Zezé Polessa) e Severo (Tato Gabus Mendes) com seus dois filhos Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) e Robertão (Rômulo Neto). O casal explora – sexualmente – os filhos para ter uma vida “melhor”, ficar sem fazer nada, “de boa” como diz a gíria.
Acho um absurdo, tamanho descaramento e imoralidade por parte do casal. A menina é amante de um homem casado e mais velho e dias desses, numa das cenas, disse que só queria ser feliz, que ela não faz nada de mal! Como não? Ela é apenas “amante”.
E o Robertão? No início da novela ele também vivia às custas do dinheiro que sua irmã recebia do amante, enquanto seus pais xingavam porque ele deveria fazer o mesmo que a irmã, procurar alguém que o sustentasse e consequentemente, sustentasse eles também.
Fico irritada, revoltada, indignada e principalmente envergonhada quando assisto cenas com a trama dessa família.
Já me disseram que é fato da vida real, que casos como esse existem por aí afora, que é mais comum do que eu imagino. Mas eu não consigo imaginar uma família vivendo dessa forma.
É exploração sexual escancarada. A novela mostra como se fosse um fato normal, sem nenhum pudor. Aliás, hoje em dia tudo parece normal, eu respeito algumas opções e condições mas nem tudo é fácil de aceitar.
Minha opinião é de que o mundo está de “pernas para o ar” e está difícil para os pais manterem algumas regras e preceitos morais dentro da família.
A televisão, mais precisamente as novelas, retratam algumas realidades feias, inaceitáveis, mas cabe a nós saber filtrar o que é bom ou não e não considerar tudo “normal” como querem embutir em nossas cabeças.
Eu assisto novelas, não nego. Quem não as vê? É preciso ficar “por dentro” do que acontece e tudo acontece nas novelas da Globo.
Maria Margarete Olimpio Ugioni
