O teste realizado avalia os limites do protótipo para que não entre em colapso e quebre no ar.
O efeito Flutter, ou conhecido como “quebra-asas” é temido pelos apaixonados por veículos aéreos não tripulados. O fenômeno faz com que as asas da aeronave entrem em uma combinação de efeitos elásticos e se quebrem no ar. Pensando em evitar o problema, acadêmicos de Engenharia Mecânica da Faculdade Satc reproduziram testes em laboratório que mostram em qual limite a asa sofreria o efeito vibratório.
Os ensaios técnicos foram realizados por meio do som. Foram utilizados sensores e microfones que coletaram a frequência natural da asa para análise dos estudantes. “O teste nos ajuda em uma série de cálculos para descobrirmos em qual velocidade o avião sofre a condição de Flutter”, explica o acadêmico de Engenharia Mecânica e integrante do Aerosatc, Jorge Luiz Dutra Andrade.
Andrade explica que para a captação do som e sinais emitidos pelos sensores na asa, foi utilizado um método bem diferente. “Nós batemos na asa com um martelo e comparamos os resultados que são captados pelo ruído e a vibração para descobrimos se o nosso aeromodelo pode sofrer o fenômeno no ar”, ressalta.
Por fim, os resultados das batidas na asa são repassados para um programa de computador. “Com todos os dados conseguimos fazer uma média da velocidade que a aeronave sofreria o efeito e concluímos aptidão dele, ou seja, para ele não cair”, salienta o acadêmico de Engenharia Mecânica, Lucas Januário da Silva.
Conhecimento prático
O projeto Aerosatc participa de competição da Sae Brasil, um evento que recebe grupos do Brasil e de fora do país. O desafio AeroDesign é lançado a estudantes de engenharia em que cada grupo desenvolve um projeto aeronáutico.
Para a construção de conhecimento e desenvolvimento prático, os alunos se empenham a cada ano na concepção de um protótipo diferenciado. “Incentivamos os alunos no projeto e quem executa são eles. Eles aprendem e desenvolvem os testes do projeto e neste ensaio executado garantem que o aeromodelo não vai cair”, destaca o orientador do projeto e professor de Engenharia Mecânica, Elvys Isaias Mercado Curi.
Eloise de Lima
