Bieer pub truck é impedido de operar na praça Humberto Bortoluzzi

Nos últimos meses a comida de rua ganhou grande notoriedade na região com os food trucks, os trailers que transportam e vendem comida em eventos específicos, ou não. Embora não seja novidade, principalmente nas grandes metrópoles, o conceito vem se popularizando cada vez mais e ganhando espaço em cidades menores, sendo apenas uma questão de tempo para que os primeiros restaurantes sobre rodas aportassem na Capital Catarinense da Gastronomia Típica Italiana.

A novidade porém não agradou em nada os donos de restaurantes locais, que no final da manhã deste sábado, 5, acionaram a Polícia Militar para fiscalizar um bieer pub truck que se preparava para iniciar suas atividades na praça Humberto Bortoluzzi no Centro da cidade.

Como não possuía alvará em mãos para funcionamento no local, restou ao responsável a retirada do veículo. “Tentei providenciar o alvará na prefeitura durante a semana, mas a papelada não ficou pronta, tenho apenas uma autorização verbal, que agora não vale nada,” afirmou Antonio Salvador Romero Neto, 38.

O policial militar que fez a fiscalização, soldado Josemir Cardoso, afirmou que realmente houve uma autorização verbal por parte da responsável pela expedição do alvará. “Averiguamos e realmente houve esta autorização verbal, mas o acordado foi que não poderia ser na praça central,” afirmou o militar.

A secretária da Associação Neoveneziana de Turismo (Anet), Franciele Mazzorana Zuchinali, esteve no local e falou em nome do grupo. “A associação é completamente contra o funcionamento destes trailers na praça, primeiro porque estão irregulares, segundo que não é justo com o comerciante local, que investe e paga todos os tributos,” afirmou.

O proprietário do Restaurante Veneza, Tito Bortolotto, foi além. “É uma concorrência desleal, pois nós comerciantes locais estamos sempre abertos, seja com baixo ou grande movimento, não é justo que no melhor dia onde temos a possibilidade de faturar melhor eles cheguem para tirar proveito, se ainda viessem com toda a estrutura é uma coisa, por exemplo, eles vendem lá, mas os banheiros utilizados são dos restaurantes vizinhos, nem a energia elétrica eles pagam, pois utilizam as tomadas da praça,” argumentou Bortolotto.

“Nossa briga não é para que este tipo de negócio não venha para Nova Veneza, mas que seja preservada pelo menos o entorno da praça,” finalizou.

Após o impasse o veículo saiu do local e foi colocado em funcionamento na praça da Chaminé, desta vez sem protestos.

Willians Biehl

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