Viaduto do km 339 tem vigas concluídas e espera ligação com pistas

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) finaliza, nesta semana, os trabalhos de ligação entre o viaduto de acesso ao Sertão dos Corrêas e Cruzeiro. Com o término das vigas de ancoragem, a estrutura aguarda a ligação definitiva com o trecho de pistas duplicadas, para ter o fluxo de veículos liberados. A passagem está em construção no km 339 da BR-101 Sul, no segmento pertencente ao município catarinense de Tubarão.

A chuva registrada nesta quinta-feira, 14, prejudicou os trabalhos de aterro e compactação de solo nas cabeceiras, tarefa necessária para aplicar o asfalto, tanto no restante das pistas quanto na parte elevada do viaduto. Enquanto aguarda a ligação, o DNIT/SC faz serviços complementares dento da frente de obras, como a instalação de grama em leivas, sobre os taludes, para evitar processos erosivos no aterro.

Quando finalizado, o viaduto do km 339 terá 16 metros de largura sobre a pista, 14 metros de largura no vão inferior, 4,6 metros de altura no centro, duas calçadas para pedestres com dois metros de largura e duas faixas de rolagem, ambas com cinco metros cada. A construção do viaduto foi iniciada em 07 de março, quando o talude começou a ser escavado, abrindo frente para a construção da estrutura, fazendo parte do lote de obras complementares à duplicação da BR-101 Sul catarinense. Os trabalhos no viaduto vão continuar nos próximos dias, dentro das condições de tempo estável.

Cerca de 110 viadutos foram construídos na duplicação da BR-101 Sul catarinense, no trecho entre os municípios de Palhoça a Passo de Torres. A maioria deles segue o traçado de pistas, sendo os viadutos de acesso a Praia do Sonho e Pinheira, em Palhoça, acesso a Garopaba, acesso a Vila Nova, em Içara, de acessos ao bairro Operária e Centro de Araranguá e o viaduto de acesso ao Cemitério em Sombrio, as únicas passagens transversais às pistas duplicadas.

Trabalhos no final, cuidados continuam

Para abrir frente aos trabalhos de construção do viaduto de acesso ao Sertão dos Corrêas e Cruzeiro, o DNIT/SC precisou readequar o fluxo da BR-101 Sul para trafegar em desvios laterais, nesse ponto da rodovia federal. Com essas mudanças os moradores, transportadores de cargas ou pessoas e pedestres que utilizarem os acesos, próximo ao km 339 da BR-101 Sul, precisam atentar para a mudança no trajeto, seguindo a orientação da sinalização provisória.

BR-101 Sul: conheça o programa de Monitoramento dos Corpos Hídricos

A duplicação da BR-101 Sul corta cidades catarinenses e gaúchas por onde as pistas foram implantadas. Além dos aglomerados urbanos, a rodovia federal também cruza rios e lagoas nos dois trechos, mananciais importantes para distribuição de água para cidades, irrigação de campos e turismo na região. Para garantir que as obras de expansão da plataforma e a construção de obras de arte especiais (principalmente as pontes) não afetasse diretamente a qualidade desse recurso, foi criado o programa de Monitoramento dos Corpos Hídricos.

Com objetivo de mensurar parâmetros de comparação entre a situação da água antes e durante o decorrer das obras, o programa começou a ser implantado oito meses antes da execução das obras, que se deu no início do ano de 2005. Através do trabalho de monitoramento, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, por meio do então Centro de Excelência em Engenharia de Transportes – CENTRAN e da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, procurou identificar alterações nas características físicas, bióticas e químicas da água, além de seu nível de qualidade, durante o período de execução das obras.

Com base nos levantamentos realizados para identificar possíveis interferências na fase de obras, foram selecionados 28 pontos de monitoramento da qualidade da água, que incluiu rios e lagoas ao longo dos segmentos rodoviários de SC e RS, com a realização de campanhas semestrais de monitoramento da qualidade da água. Os resultados das campanhas constataram a efetividade dos dispositivos de controle implementados pelas empresas e consórcios contratados para executar as obras.

Entre estes pontos estão rios de grandes dimensões e importância para captação de água, como o Massiambu, em Palhoça, Rio Tubarão, em Tubarão e o Rio Araranguá, na cidade de mesmo nome. Além disso, as coletas foram feitas em lagoas como a de Imaruí e Santo Antônio dos Anjos, em Laguna e de Sombrio, além das lagoas de Itapeva e dos Quadros, em Terra de Areia (RS).

Entre os parâmetros aferidos nas campanhas de coleta estão dados sobre a quantidade de cloreto, coliformes fecais, cor, óleos e graxas e sedimentos presentas na água, informações indispensáveis para manter a qualidade durante o tempo de obras. Em função dos resultados obtidos, os supervisores ambientais do consórcio Concremat-Tecnosolo- WorleyParsons – contratado pelo DNIT para a Gestão Ambiental das obras, reiteravam aos agentes contratados a implementação de medidas preventivas/corretivas, tais como o destino final adequado de resíduos sólidos e líquidos, dentre eles a coleta de óleos, graxas, resíduos de asfalto e outros elementos poluidores ambientais.

O programa se encontra finalizado.

Muriel Ricardo Albonico

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