Uma neoveneziana no Exército Brasileiro

Por Francine Ferreira com edição de Willians Biehl

No Dia Internacional da Mulher, a sargento Duminelli evidencia o espaço conquistado e sua atuação no 28º Grupo de Artilharia de Campanha.

Em meio a aproximadamente 300 homens, a neoveneziana Patrícia Vitali Duminelli Disner, conhecida no trabalho como sargento Duminelli, é uma das oito mulheres que atuam no 28º Grupo de Artilharia de Campanha do Exército Brasileiro, em Criciúma. Nesta sexta-feira, 8, ela foi uma das homenageadas pelo Grupo, na solenidade de “Formatura em Homenagem aos Heróis da Batalha de Castelnuovo e Dia Internacional da Mulher”.

“Temos que valorizar as mulheres, isso não é para ser politicamente correto, não é isso, é porque é realmente necessário. Todos nós estamos aqui hoje porque passamos nove meses no ventre de uma mulher. As mulheres que geram o soldado para pátria. É com muito orgulho que temos várias mulheres presentes aqui, e temos oito que estão conosco vestindo a mesma farda. E essas mulheres como foi dito, são capazes inclusive no campo de batalha, no passado tivemos Maria Quitéria na guerra de independência da Bahia, foi falado de Ana Nery na guerra do Paraguai, e foi falado das pracinhas enfermeiras combatentes da segunda guerra mundial, a guerra mais sangrenta da história da humanidade,” falou em seu pronunciamento o comandante da unidade, tenente-coronel Sousa Neto.

Ainda que em número pequeno, para a sargento, a mulher está conquistando espaço no Exército Brasileiro por sua capacidade, força, dedicação e dignidade. “Como uma integrante do 28º GAC, tenho orgulho em fazer parte do serviço de saúde. Somos reconhecidas profissionalmente, não há diferença salarial entre homens e mulheres do mesmo posto ou graduação, fizemos todas as atividades operacionais previstas. Tudo isso, logicamente sem descuidarmos de nossas vidas particulares como mães e esposas, e também de nossas vaidades”, conta.

A neoveneziana ainda ressalta que o exercício da profissão militar dignifica e engrandece os profissionais. “Os valores como amor à Pátria e valorização dos símbolos nacionais são ensinamentos que fazem parte de nossas rotinas, onde evidenciamos atividades baseadas na hierarquia e disciplina como esteios basilares de nossa Instituição”, completa.

“Nós, mulheres, que fazemos parte do Exército Brasileiro, nos orgulharmos por tudo o que aprendemos, pelo que representamos e, principalmente, por levar a mulher a patamares elevados, com o reconhecimento da sociedade brasileira”, finaliza.

Uma neoveneziana no Exército Brasileiro

Uma neoveneziana no Exército Brasileiro