Trabalhadores do Santa Catarina temem “calote” com a sucessão

A possibilidade de sofrerem um calote com a mudança de gestão do Hospital Santa Catarina e a saída do Instituto Vida (Isev) está preocupando os trabalhadores. São cerca de 160 profissionais na instituição. Eles não sabem se o processo será de sucessão para o novo administrador ou se vão ser demitidos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido afirma que está há vários dias tentando conversar com o prefeito eleito Clésio Salvaro para discutir a sucessão mas não teve retorno.

“O Salvaro não quer sentar com o sindicato e o Márcio Burigo está saindo e lavou as mãos”, critica o presidente. Conforme ele, o Isev se manifestou entendendo que  é de sucessão e por isso não vai demitir ninguém. “O nosso medo é que se houver demissão eles não vão pagar a rescisão dos trabalhadores e muito menos os débitos atrasados”, analisa Cleber.

DIVIDA ANTIGA

A dívida com o não recolhimentos dos créditos trabalhistas no Santa Catarina gerido pelo Isev é antiga.  Em fevereiro deste ano, a 1ª Vara do Trabalho de Criciúma condenou o instituto a pagar as parcelas do FGTS para os trabalhadores em atraso. Os casos chegam a meses e até anos sem depósitos. A ação foi impetrada pelo Sindisaúde. O processo está em recurso e a estimativa e que o julgado final aconteça em março de 2017.  No mês de agosto os trabalhadores fizeram protesto no hospital cobrando os depósitos.

Maristela Benedet

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