Trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Em assembleia, os trabalhadores optaram pela paralisação por julgarem a proposta da direção da Estatal, insuficiente.

Os funcionários dos Correios de Nova Veneza, Santa Catarina e mais 17 estados, entraram em greve na última quarta-feira, 15, após deliberação da assembleia do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-SC), na qual a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi recusada. Os trabalhadores pedem reposição da inflação e mais 10% de aumento real, manutenção do valor do desconto do plano de saúde e incorporação da gratificação.

A reunião de mediação realizada pelo TST em Brasília, na sexta-feira, 11, terminou com uma proposta do vice-presidente do tribunal, ministro Ives Gandra, que incluiu reajuste salarial zero, com uma gratificação de R$ 150 mensais a partir de agosto e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, até o fim da vigência do atual acordo coletivo, em agosto de 2016.

O diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect), Emerson Marinho, informou que a greve foi deflagrada porque a empresa apresentou proposta que não garante a reposição da inflação.

“Ela apresentou uma proposta linear que não é incorporada imediatamente ao salário e que vem em forma de gratificação, o que não traz reflexo remuneratório nem nas férias e nem no décimo terceiro salário. Outro aspecto é o ataque frontal que a empresa vem fazendo ao nosso plano de saúde. Hoje, só pagamos quando usamos, mas os Correios querem instituir uma cobrança mensal de 13% do salário bruto, que hoje tem piso inicial de R$ 1.134,00.”

A mobilização dos trabalhadores é nacional, mas alguns sindicatos aceitaram a proposta.

Willians Biehl

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