Trabalhadores aderem paralisação na Agrovêneto e greve geral não esta descartada

Pela garantia da saúde e aceitação dos atestados médicos, cerca de 90% dos trabalhadores do segundo turno, média de 400 num total de 650, aderiram à paralisação na Agroindústria Agrovêneto JBS de Nova Veneza, na tarde desta quarta-feira (28). São cerca de 1.300 trabalhadores nos dois turnos da empresa. A princípio, o protesto que iniciou às 14h com funcionários da produção do abate e às 15h da sala de corte e deveria se estender por uma hora, pela orientação do Sindicato das Indústrias da Alimentação de Criciúma e região (Sintiacr), foi ampliado até as 18h por decisão dos próprios trabalhadores.

Com a mobilização, cerca de 70% a 80% da produção ficou parada. A paralisação foi deflagrada após o sindicato e empresa terem acordo em reunião no dia 16 de agosto que os médicos iriam prescrever o motivo da não aceitação do atestado de outros especialistas conforme lei, mas não foi cumprido.

A presença de quatro viaturas da polícia militar e segurança privada contratada pela empresa não interferiu no movimento pacífico. Representantes do Ministério Público do Trabalho estiveram no local para acompanhar a mobilização. Segundo Célio Elias, presidente do Sindicato, foi de extrema importância essa força de organização mostrada pelos trabalhadores num momento em que a JBS, desde que assumiu no início do ano, vem buscando retirar direitos conquistados nas últimas negociações coletivas com muita dificuldade e luta.

“Ao contrário da realidade mostrada em uma propaganda bonita com artista famoso sobre o produto, por trás de toda essa imagem, a empresa está querendo penalizar os trabalhadores com a perda de seus direitos, principalmente na sua maior fragilidade que é a sua saúde num dos setores que mais adoece no país com ritmo acelerado e ambiente frio e úmido entre outros. Os médicos são orientados pela JBS para não aceitar os atestados médicos emitidos por especialistas e até mesmo cortando dias, como é um caso de um trabalhador que apresentou atestado de 10 dias receitado por um cardiologista e a empresa cortou sete mantendo apenas três dias.

E por isso o nosso protesto. Não podemos permitir que mais perdas venham atingir a categoria”, disse. Célio lembrou que este mês a JBS de Rondônia foi multada em R$ 3 milhões pelo Ministério Público do Trabalho por não estar mantendo o ambiente de trabalho dentro as normas de saúde e segurança.

Maristela Benedet

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