Em São Bento Baixo moradores sofrem com envenenamento de cães

No último final de semana, alguns cachorros foram alvo de envenenamento no distrito de São Bento Baixo em Nova Veneza. Na tarde dessa quarta-feira, 2, outros dois animais domésticos morreram por envenenamento.

Um dos cães pertence a Douglas Cavaler, e estava dentro do cercado de casa agonizando quando o morador chegou do trabalho. “Inicialmente imaginei que pudesse ser do calor, dei um banho pra ver se melhorava. Quando vi o cachorro já estava vomitando e passando muito mal. Em pouco tempo tinha morrido. Foi como perder um membro da família”, contou.

Envenenamento de cães no distrito de São Bento Baixo

O outro animal morto pertence a vizinha de Douglas. “Nós vamos fazer um BO e procurar a pessoa que fez isso”, garantiu. Ele também está oferecendo uma recompensa de R$ 500 para quem tiver informação sobre o crime.

O crime

Conforme informações disponibilizadas pela Fundave, praticar maus tratos, ferir ou mutilar animais domésticos como cães e gatos, é crime federal. Se constatado, o criminoso poderá ter de dois a cinco anos de reclusão, com multa e proibição de guarda. A multa é de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais) por indivíduo. A penalidade poderá ser aumentada de um sexto a um terço da pena, caso ocorra a morte do animal.

O que fazer

Ao encontrar um animal morto com suspeita de envenenamento, tire várias fotos em vários ângulos, para mostrar onde foram encontrados o animal e os restos do alimento suspeito de conter veneno. Leve tudo (o animal e o alimento) para um veterinário, pois ele poderá encaminhá-lo a um órgão competente para fazer a necropsia e emissão de um laudo oficial da causa da morte.

Consiga testemunhas ou outros fatos relacionados ao envenenamento. Já em posse do laudo e com as fotos, vá a delegacia com as testemunhas munidas e faça um BO (Boletim de Ocorrência).

“De acordo com a Lei, se além de matar o animal, o veneno venha a afetar alguma pessoa, o crime torna-se mais grave, podendo ser qualificado como tentativa de homicídio”, comentou o presidente da Fundação do Meio Ambiente, Juliano Dal Molin.

Por Flávia Bortolotto