A saída de Élvis e uma forte dor de cabeça

Os portugueses do Belenenses cresceram os olhos para cima de Élvis e podem levar o camisa 10 do Tigre para a Europa.

Bom para o atleta, que disputará uma liga de primeira divisão (num time de segundo escalão, mas de elite e no exterior), para o clube lusitano, que ganha um jogador experiente e que conhece o futebol local (o meia de 27 anos já defendeu Benfica e União de Leiria), mas péssimo para o Criciúma, que perderia um de seus pilares na Série B.

Não tão badalado como na primeira passagem, em 2016, Élvis é o fio condutor do time de Mazola Júnior. Inteligente, não se prende nas marcações adversárias e sabe controlar o jogo, seja retendo a bola ou soltando rápido, como costumeiramente faz. Características como essa lhe deixam entre os líderes em assistências na segunda divisão (são cinco passes para gol, segundo o Sofascore).

Outro dado do desempenho do meia que chama muito a atenção é trazido pelo site Foot Stats. Dos 17 jogos que participou na Série B, em dez errou menos de cinco passes. A média de passes certos de Élvis é 37,5 por jogo.

Pior é pensar em quem pode ser a peça de reposição. Alex Maranhão pode ter dito um milhão de vezes que é meia, mas suas características dentro de campo demonstram o contrário. Em bolas laterais, por exemplo, enquanto Élvis aparece como opção de passe na intermediária ou até mesmo mais aproximado da beirada, Maranhão busca o fundo, vira opção de passe na área.

Élvis controla, Maranhão agride. O 10 articula e o 20 finaliza. São jogadores distintos e que podem até jogar juntos no 4-3-1-2 de Mazola, com o segundo atuando mais adiantado, próximo do atacante. Um substituir o outro? Não parece ser o ideal analisando friamente as características de ambos.

E Gabriel, o desconhecido reforço que vem do futebol alagoano? Honestamente, não conheço e até mesmo em pesquisas pela internet foi difícil encontrar referências do atleta. O máximo que pude observar é que ele já tem um histórico no futsal e no futebol de 7. Prefiro não prever nada sem tê-lo visto jogar.

Tudo ainda é muito incipiente. O Criciúma fala não ter recebido propostas. O jornal A Bola, em Portugal, afirma que o meia não continuará no Brasil. Enquanto essa definição não chega, teremos uma prévia do que será o Tigre sem Élvis no sábado (4), contra o Sampaio Corrêa. Suspenso, ele não joga. Teremos Maranhão em campo.

Será assim a partir de agora?