Rodovia Ângelo Moro

Rodovia Ângelo Moro
©Willians Biehl

Por Ademar Arcângelo Cirimbelli

No dia 14 dezembro, deu-se a inauguração da pavimentação asfáltica da rodovia Ângelo Moro (Leto), importante ligação entre Nova Veneza e Siderópolis, via São Martinho.

A denominação é uma justa homenagem ao “Leto”, modesto trabalhador agrícola, mas respeitável artista, um Santeiro do Brasil, que chegou à Colônia Nova Veneza em 1891, com 25 anos. Nascido em 21 de setembro de 1866, em Fortagna de Longarone, província de Beluno, era casado com Lucia De Bettio. Desta união, tiveram duas filhas. Com a morte de Lucia, casou-se, pela segunda vez, com Giacomina Bez “Gorio”, com a qual teve  onze filhos. Era filho de Giovanni Battista Moro e Madalena Feltrin. Ângelo faleceu em Nova Veneza, em 01 de agosto de 1945, aos 79 anos. Boa parte de seus trabalhos estão expostos nos museus de Brusque, Nova Veneza, Urussanga e Criciúma e em acervos particulares. Na rodovia inaugurada, encontra-se o Cristo Crucificado, com Capela que foi erigida para relembrar a Paixão e louvar e agradecer ao Salvador.

A inauguração da rodovia faz-nos recordar algumas particularidades da emancipação de Nova Veneza, que se deu em 21 de junho de 1958. Foi o primeiro Distrito de Criciúma a se emancipar. Mais fortemente, a partir de1952, uma Comissão Especial, sob a liderança do então Pároco, Padre Quinto Davide Baldessar, buscou esse objetivo. Padre Amilcar Gabriel, seu sucessor, a partir de abril de 1953, deu prosseguimento à luta, concretizada em 1958.

Vê-se que Nova Veneza foi o primeiro Distrito de Criciúma e a primeira unidade, Sede da Colônia Nova Veneza, a conquistar a emancipação.

Dois outros Núcleos da Colônia, Nova Beluno (atual Siderópolis) e Nova Treviso (Treviso), que integravam o território de Urussanga, tornaram-se município, respectivamente, em 19 de dezembro de 1958 e 8 de julho de 1995.

Nova Veneza reivindicava que o território do Município de Nova Veneza abrangesse, também,  a área da Paróquia (Matriz São Marcos), criada em 31 de julho de 1912, e suas dezoito Capelas em São Martinho, Caravaggio, São José, São Bento Alto, São Bento do Meio, São Bento Baixo (São João Batista), Jordão Alto, Serrinha, Vila Maria, Rio Morto, Vila Seca, Rio Cedro Médio, Picadão, Rio Cedro Alto, Jordão Baixo, Santo Antônio e Morro do Bodoque. Os habitantes já estavam familiarizados com o Núcleo Sede da Colônia, com o qual tinha sólidas raízes (há 67 anos) e onde praticavam quase todos os atos.

Urussanga, ao qual pertenciam diversas comunidades, como São Martinho, opôs-se à reivindicação de Nova Veneza, que se limitou à área pertencente a Criciúma, município do qual fazia parte.

Seria de valor histórico que se pesquisasse o porquê da rejeição de Urussanga e os artífices dessa descaracterização e irreparável injustiça.

2 Comentários

  1. Waldemar Serafin 1 seg atrás
    Terra de minha saudosa mãe Maria Cirimbelli Serafin a qual amava sua cidade natal.

  2. Terra de minha saudosa mãe Maria Cirimbelli Serafin a qual amava sua cidade natal.