Relatos dos 7 a 1, ápice ou desastre?

Nem um… nem outro. Os 7 a 1 é um placar enigmático, isso é fato. Mas para quem leva uma goleada dessas jamais poderá significar um fim, ainda mais no caso do Caravaggio.

O Caravaggio é grande, e assim como nossa seleção Brasileira precisa entender esse placar e se refazer. Já o Metropolitano está com tudo, timaço, entrosamento de time profissional sem nenhuma vaidade, tudo 100% dentro de campo, méritos aos craques que são os melhores do futebol amador, méritos a ótima comissão técnica, e a toda diretoria. Porém devemos refletir um pouco mais sobre essas duas potencias e analisar alguns pontos importantes que fizeram com que chegássemos a esse surpreendente resultado do último domingo.

O Caravaggio, diferente do Metropolitano é um time da comunidade. Diretoria, patrocinadores e torcedores sempre fizeram parte de uma engrenagem de sucesso, transformando o time em um dos maiores vitoriosos do futebol amador no estado.

Porém, no ápice dos seus mais de 40 anos de formação, a engrenagem parece estar um pouco “desgastada”, muito pelos valores exorbitantes que se transformou o futebol amador, sendo que o empenho e dedicação de uma comunidade unida, porém pequena talvez não seja mais suficientes para fazer uma equipe vitoriosa nas quatro linhas. A mudança é necessária? Talvez, acho que o Caravaggio nessa competição fez o que realmente estava ao seu alcance, e priorizando sempre o envolvimento de toda a comunidade optou por colocar o pé no freio no investimento, e isso dentro de campo teve um gosto bem amargo.

Mas, qual a verdadeira essência do futebol amador? Vitória? Títulos? Goleadas? Ou toda a participação e envolvimento da própria comunidade, na formação, na direção e no investimento da equipe?  Acredito, no entanto, que nesse quesito o placar é reverso, e a goleada muda de lado, a “praça” precisa aprender com o distrito, e enxergar o Metropolitano mais longe, pois sentar na arquibancada, pagar o ingresso, ver o Cachoeira dar show e ir embora zombar o rival não adianta nada, falta sim envolvimento e participação mais ativa do pessoal da Veneza, e isso não sou somente eu que falo, a própria presidenta do time, Jade Ferreira, em tom de desabafo cobrou mais empenho de alguns segmentos no investimento do time, na ocasião, utilizando a tribuna da Câmara de Vereadores de Nova Veneza, Jade deixou claro, falta sim um apoio mais significativo da comunidade na manutenção da instituição.

Um exemplo disso é o programa sócio torcedor, no Caravaggio funciona bem, já no Metropolitano por diversas vezes o programa foi lançado, porém nunca obteve êxito. Na própria escolha da diretoria o Metropolitano encontra dificuldades bem maiores que o Caravaggio, haja vista que o Metrô hoje é presidido (muito bem por sinal) por uma pessoa de outro município.

Já o Caravaggio possuiu um envolvimento bem maior, sendo que a troca de toda a diretoria por pessoas da própria comunidade é constante e benéfica ao clube. Esse ano mais do que nunca o Metrô precisa de apoio, pelo calendário de competições e por tudo o que o clube poderá conquistar, pense nisso torcedor!

Gostaria de deixar claro que essa crítica não tem por interesse desmerecer o trabalho e os resultados do Metropolitano, muito pelo contrário, somente gostaria muito que quando essa diretoria se desligasse do clube, o time continuasse competitivo e vitorioso, como o Caravaggio faz durante todos esses anos. O Metropolitano é um clube novo, e tenho certeza que ainda irá evoluir muito como instituição, e ai sim talvez um dia não haja mais goleada de um dentro, e do outro fora de campo.

COPA SUL

Sobre o jogo, há muita coisa a se destacar, o principal claro foi o baile que o Metrô deu em seu principal rival, devolveu com juros e correção à derrota dolorosa em 2016. O Metropolitano sobrou em campo, e apesar do pequeno susto no começo, dominou a partida e mostrou que é muito favorito ao título da competição.

Destaque para o sistema ofensivo do time que é letal, o técnico Jean Reis montou um quarteto de muita qualidade, com Dudu, Maicon Ermo, Lalau e o matador Beto Cachoeira, o time joga fácil, joga solto, não passa trabalho na elaboração de belas jogadas e na construção eficiente da parte mais importante do jogo, o gol.

Beto Cachoeira brinca de esbanjar qualidade, sendo que até falta (coisa rara para um centroavante) ele executa com maestria. Nas laterais, depois de alguns anos com pequenos problemas, parece que agora o time está muito bem servido com Fá e Bruno Mazzuchelo.

No sistema defensivo, Filipe Monteiro joga seguro, faz jus a posição de volante e “guia” o time de forma muito eficiente. Na Zaga o capitão Cleiton e seu parceiro Shayder na minha opinião são os melhores nessa posição no futebol amador, e o goleiro Passarela é seguro além de ser um líder dentro do elenco. Falando do elenco, as peças de reposição são mais que a altura do time titular, destaque para Marquinhos, Luan e Marcel Emerim, que em todos os jogos entraram e deram conto do recado.

Destaque negativo da partida, foi o próprio time do Caravaggio que se mostrou muito apático e errando passes e jogadas simples, acredito que o técnico do azulão errou quando tirou o atacante Borrachinha e deixou em campo o volante Diegão, que na minha análise fez uma partida muito ruim. Agora o Metrô pega o Turvo, o primeiro jogo na casa do adversário e a segunda e decisiva partida no Estádio Darci Marini.

METROFOLIA

Aplausos para a Metrofolia, a torcida organizada do Metropolitano, eles deram um verdadeiro show no último domingo, e foram a loucura com cada gol do time em cima do principal rival. Teve muita zoação e ainda terá, porque 7 a 1 por mais que esteja comum, aqui é fato raro.

ESTRUTURA DO DARCI MARINI

Chamou muito à atenção ao redor do estádio Darci Marini a falta do alambrado, atrasou o início da partida e gerou preocupação principalmente do delegado da partida e da arbitragem. No decorrer da semana, algumas críticas foram feitas a essa situação, e em conversa com o diretor de esportes, Heriton Sandrini, o Babu, o mesmo relatou que esse alambrado já estava com problemas em 2016, pois tiveram que arrancar uma parte para a construção de mais um lance de arquibancada.

No ano de 2017, mais 15 metros tiveram que ser desmanchados em virtude de um show nacional, após isso, houve uma promessa de emenda parlamentar para a manutenção, feita através de um empresário da cidade, que acabou não acontecendo, a situação agravou após o último temporal que colocou o Município em estado de emergência, o Diretor colocou essa situação no relatório dos desastres para a Defesa Civil, a fim de angariar recursos para a correção desse prejuízo.

Porém como os tramites nessas situações é demorado, o mesmo em reunião com o Prefeito solicitou a melhoria com recursos próprios, e foi atendido. Agora o conserto e melhoria serão realizados e o problema será sanado.  O Diretor destaca ainda, que nesse período o mesmo não foi procurado por nenhum Vereador para qualquer tipo de esclarecimento.

CURTAS…

  • Foguinho está de volta ao Metrô, agora seu desafio é conseguir uma vaga nesse time titular.
  • O primeiro passeio do Bepo foi um sucesso, parabéns a todos os idealizadores, em especial meu amigo e padrinho do Bepo, Gilson Manenti Gava.
  •  De uma coisa tenho certeza, tem um vereador aqui de Nova Veneza que nunca leu uma coluna minha, que fase!