Marcado pelo protagonismo feminino, o “Colóquio APEC (Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense)” colocou em destaque às universidade comunitárias, e a realidade diante da pandemia de Covid-19. Evento virtual, teve o tema “Educação superior na atual crise: desafios e ações em entidades comunitárias catarinenses” debatido pelas reitoras Luciane Bisognin Ceretta, da Unesc; Marcia Cristina Sardá Espíndola, da Furb (Universidade Regional de Blumenau), e Solange Sprandel da Silva, da UnC (Universidade do Contestado).
Conforme a presidente da APEC, Tatiane Viega, o momento foi pensado para ouvir as universidades, com o objetivo de zelar por estas instituições. “As universidades comunitárias têm evidente importância para o desenvolvimento de suas regiões. A solidez destas organizações é uma preocupação de todos”, destacou.
Unesc se consolida mesmo com a crise
Em seu momento de fala, Luciane apresentou a Unesc: uma universidade que tem a qualidade no ambiente de vida como sua principal missão, cumprida por meio do ensino, pesquisa e extensão. Em 2020, são mais de 12 mil estudantes, inseridos em um dos 42 cursos de graduação presencial, 34 na modalidade EaD (Ensino a Distância), 21 cursos técnicos, 40 pós-graduações, cinco mestrados e sete doutorados. Fica completa com os 690 professores e 540 funcionários.
A reitora relatou que o ano era esperado com grande expectativa. Com a chegada da pandemia tudo mudou. Ainda assim, a Unesc não deixou de zelar por si e por sua região. “Todo este cenário impôs uma queda de receitas. Apesar disso, realizamos investimentos em tecnologia, assessoria pedagógica, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e em outros itens que não estavam planejados”, explicou. “Somos uma Instituição comunitária, constituída pelo poder público, mas de direito privado. 97% das receitas vêm dos estudantes, portanto a peça orçamentária é sempre muito bem estipulada e sem margens”, afirmou.
Com o embasamento em estratégias dos comitês de Gestão de Crise e de Pós-pandemia, a Unesc adotou premissas institucionais para o enfrentamento da crise:
– Cuidado com a vida
– Excelência acadêmica com formação pedagógica para responder às novas demandas
-Investimento em tecnologia
– Sustentabilidade econômica com a preservação do trabalho e do salário
– Comunicação e informação estratégica
– Saúde e segurança
– Segurança jurídica
– Posicionamento estratégico institucional
Como resultado deste trabalho, foi possível oferecer subsídios para que os acadêmicos seguissem estudando, e tivessem na Instituição seu lugar seguro. Foram garantidos fomento a bolsas de estudos, financiamentos, apoio tecnológico, manutenção e reconstrução das políticas internas, cursos gratuitos, concessão de EPIs, e muitas outras ações.
Conforme a reitora, existe a expectativa de que a Universidade chegue ao fim do ano sem prejuízos, tendo também sido fortalecida vários aspectos. “Tem sido um período desafiador, mas de grandes aprendizados e de uma experiência que não vai retroceder. Em meio a tudo isso, o diálogo se mostrou a principal ferramenta de trabalho. Foram mais de 12 reuniões com DCE (Diretório Central dos Estudantes), 48 encontros com todos os alunos da Instituição, 16 diálogos com os docentes e mais de 15 com os gestores”, evidenciou.
Para os próximos meses, a Universidade comunitária do Sul de Santa Catarina seguirá atuando por meio de premissas institucionais:
– Cuidado com a vida
– Excelência no ensino híbrido
– Investimento em salas de aulas tecnológica
– Formação de professores
– Trabalhos para a permanência estudantil
– Estratégias para a pós-pandemia.