“Quem canta reza duas vezes”, essa famosa frase atribuída ao Santo Agostinho e citada no catecismo da Igreja Católica nos ajuda a entender a importância da música e consequentemente, de quem a faz acontecer. Nesse dia 22, celebramos o dia do músico, assim como de sua padroeira, Santa Cecília.
Santa Cecília foi uma moça que teve sua vida voltada para servir, tanto a Deus como aos irmãos. No tempo em que viveu, os cristãos eram perseguidos e mortos. Devido à sua popularidade, enquanto caridosa, resolveram deixá-la trancada em um quarto de banhos quentes para que morresse asfixiada. Durante os dias que permaneceu lá, entoou cantos de louvor a Deus. Incomodados por sua resistência, decidiram então, degolá-la. Esse método também não funcionou. Por fim, a deixaram agonizando e mesmo após ter perdido as cordas vocais, ainda assim, podia-se ouvir seus cânticos.
A música, por outro lado, carrega um caminho mais curto de acesso ao coração. Tanto é que diversas vezes, ela nos emociona. A capacidade de tocar e transformar corações ou pensamentos que esse conjunto de notas possibilita, é admirável. No meio religioso, a melodia possibilita a união dos fiéis, por meio do ato de que todos cantam “a uma só voz”. Por isso, os cantos em determinados rituais católicos, como por exemplo, a missa, são direcionados ao objetivo do momento, como o ato penitencial ou o glória. A letra permite que nos expressemos da melhor forma possível, possibilitando o contato verdadeiro para com Deus. Explicitando, mais uma vez, a sua beleza e valor.
Sendo assim, que neste dia, os servos que atuam no ministério de música relembrem o valor e beleza do talento que possuem e também nós, passemos a ver essa ferramenta tão presente no nosso dia a dia com outros olhos. Mas, principalmente, que lembremo-nos sempre de que até mesmo os pássaros cantam para louvar ao Senhor.