O que o ambiente onde você vive diz sobre você?

Você se considera ansioso, nervoso, generoso, inteligente, possuidor de traços depressivos ou acredita constantemente no fracasso de suas ações?

O que todas essas características têm em comum? O ambiente que está a sua volta!

A psicologia ambiental é considerada um ramo da psicologia que estuda o significado simbólico do espaço, e ainda, tenta compreender as relações estabelecidas com o ambiente que nos rodeia.

Vários estudos desenvolvidos nessa área vêm mostrando que o ambiente em nosso entorno tem o poder de influenciar diretamente em nosso modo de agir, pensar e sentir!

A doutora em meio ambiente e desenvolvimento urbano, Teresinha Maria Gonçalves, nos lembra em suas obras que o ser humano se “apropria” do espaço que o rodeia, criando-se um sentimento de pertença ou posse por aquele lugar, agindo-se sobre ele, mesmo que não seja sua propriedade legal, mas sim, simplesmente pelo uso ou identificação com aquele local.

Isso vale para os ambientes de nossas cidades  como praças, parques, e claro, para os ambientes de nossas casas (quartos, sala, cozinha, banheiro, alpendre, jardim…).

O filósofo e escritor Olavo de Carvalho, relata em seu curso “Princípios & Métodos da Autoeducação” que os elementos visuais à nossa disposição, como arquitetura das cidades, imagens de viagens pelo mundo, ambiente físico, são os principais responsáveis por afetar a imaginação, generosidade, inteligência, e instigar até mesmo o nervosismo nas pessoas!

Olavo conta ainda que em nossa cultura  há uma tendência ao pessimismo, que é resultado de ambientes físicos caóticos a nossa volta, o que leva os brasileiros à cultivarem elementos depressivos e estimularem crenças que consideram o fracasso como algo normal e esperado, diferentemente de outras culturas que creem no oposto, como nos Estados Unidos por exemplo.

Então você já sabe…tudo aquilo que você faz, pensa ou sente, suas qualidades e defeitos, tem estreita relação com o espaço que você vive, e os espaços que você frequenta! E claro, não esqueça dos locais para onde você viaja…esses lugares podem deixar você criativo ou deprimido, sentindo-se motivado ou fracassado, nervoso ou tranquilo, ou ainda podem aguçar sua inteligência.

A dica do Olavo é então você criar o que ele chama de autodefesa estética: ou seja, rechear a mente de coisas bonitas! Se não for possível, preencha seu mundo imaginário de coisas reais que te sejam agradáveis e estimulantes.

Patrícia Ghislandi é psicóloga com o registro CRP 12/15037