Quais oportunidades o Brasil pode ter com a pandemia?

Apesar de estarmos passando por um momento de crise, a economia brasileira apresenta algumas oportunidades ímpares de crescimento econômico. Naturalmente que para alguns derrotistas, só há a via da bancarrota, mas para os que vêem na crise um momento de alavancar novas atividades e criar novos segmentos econômicos, há possibilidades de atrair empresas que hoje localizam-se na China.

Muitas e que pretendem buscar outro lugar para se instalarem. Como diferencial competitivo temos recursos naturais (minerais – minério de ferro, bauxita e vegetais – soja, arroz, milho) que podem fazer a diferença, além de termos petróleo em abundância. Um dos fatores competitivos que a China dispunha até então está se dissipando. A mão-de-obra barata já não é mais realidade por lá.

Na década 2005-2015 era de 1,5 dólares por hora. Hoje este valor está em torno de 3,3 dólares a hora, o que significa algo em torno de 15% acima do preço-hora médio do trabalhador brasileiro. Neste momento em que muitos brasileiros estão perdendo seus empregos e que muitas empresas estão pensando em abandonar a China, talvez seja o momento adequado de sincronizar estes interesses e proporcionar um novo ciclo de crescimento econômico para a economia brasileira. Aproveitemos estas oportunidades.

Banco Central prevê recessão de 3% em 2020

O Boletim Focus do Banco Central de 20 de março de 2020 trouxe a previsão de queda do PIB de 2,96% para o ano de 2020. No boletim anterior a previsão era de -1,96%. Esta piora deu-se em decorrência da ampliação no período de isolamento social imposto pelos governos estaduais. Mas a boa notícia é que para o ano de 2021 havia previsão de 2,7% e subiu agora para 3,1% de crescimento. Para que isso se confirme é necessário que se reestabeleça a normalidade o mais breve possível. Já a taxa básica de juros ao final de 2020 teve sua previsão reduzida de 3,25% para 3% ao ano. Para 2021 a projeção de 4,5% ao ano foi mantida. As expectativas para a inflação foram reduzidas de 2,52% para 2,23% em 2020 e de 3,5% para 3,4% em 2021. A taxa de câmbio foi elevada de R$ 4,60 para R$ 4,80 em 2020 e de R$ 4,47 para 4,50 em 2021.

Governo libera 7,5 bilhões de reais em crédito para MEI’s, micro e pequenas empresas em parceria com a Caixa Econômica Federal e Sebrae

Visando minimizar os impactos do Coronavírus na já combalida economia das pequenas empresas, foi anunciado nesta segunda-feira dia 20 de abril a abertura de linha de crédito para microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas brasileiras. A intenção é facilitar a obtenção destes recursos por parte dos empresários, para que as empresas consigam honrar seus compromissos e manter suas atividades em funcionamento e os empregos. O Sebrae entrará como parceiro na concessão das garantias complementares por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe).

Isso permitirá que sejam ofertados créditos com taxas até 40% menores que as praticadas atualmente pela instituição financeira, além de prazos e carência mais alongados.  As empresas e MEIs interessados no crédito devem manifestar interesse no portal Caixa Econômico. A partir disso, o banco fará a avaliação de crédito e apresentará uma proposta, com taxas de juros e prazo de carência específicos para cada solicitante.

Podem solicitar o empréstimo empresas adimplentes com faturamento anual de até 4,9 milhões de reais, que tenham mais de 12 meses com receita. A liberação será feita a partir de quarta-feira (22). Esta linha de crédito faz parte do conjunto de medidas que vêm sendo implementadas pela Caixa e o governo federal para reduzir o impacto provocado pela crise do coronavírus sobre os pequenos negócios no Brasil.

Condições de crédito especiais apresentadas pela Caixa:

Quais oportunidades o Brasil pode ter com a pandemia?

Bolsas globais perderam 11 vezes o PIB do Brasil em valor de mercado desde Janeiro

Em janeiro de 2020 o valor de mercado de todas as empresas de capital aberto no mundo atingiu 89 trilhões de dólares, batendo um recorde. Porém, com a chegada da pandemia do Coronavírus, este valor despencou drasticamente, acumulando 30 trilhões de dólares em perdas no mês de março. Atualmente a perda foi reduzida, mas ainda atinge a casa dos 15,7 trilhões de dólares, o que corresponde a 10 vezes o PIB brasileiro. Entre os gestores de mercado há discordância se o pior já passou. Para alguns, ainda veremos uma segunda onda de desvalorização dos ativos. Para outros, já chegamos ao fundo do poço e estamos em ritmo de retomada. O grande risco caso haja uma onda novamente é que nem mesmo o Governo Americano tenha poder financeiro para ajudar a sanear estas empresas.

Preço dos combustíveis no Brasil não acompanha queda no preço internacional do petróleo

No dia 20 de abril assistimos a mais uma forte queda no preço do petróleo, chegando à casa dos 20 dólares o barril. Isso se deve à queda na demanda a nível mundial aliado à falta de acerto entre maiores países produtores, liderados pela OPEP na questão da quantidade a ser produzida diariamente. O preço do barril que estava em torno de 60 dólares no começo do ano, apresenta uma queda de mais 60%. Se esta queda fosse repassada aos consumidores nas bombas dos postos, o preço da gasolina que era de R$ 4,50 deveria estar em R$ 1,60 o litro. A conta não fecha. Para algum lugar que não é o bolso do consumidor, esta diferença está sendo desviada. Onde está a fiscalização????

5 Medidas prudenciais em tempo de recessão

Os trabalhadores são os primeiros a serem atingidos em momentos de desaceleração econômica. Muitos já estão desempregados e outros tantos ainda serão demitidos. Como a renda familiar vem do trabalho assalariado, devemos tomar medidas de contenção de despesa e formas de gastar pouco dinheiro. Na crise o dinheiro é o bem mais disputado.  Assim, é prudencial que sejam tomadas algumas medidas para evitar maiores dificuldades em futuro breve:

1) Conscientizar todos os familiares para fazer “economia de guerra”, que significa gastar apenas e tão somente o indispensável;

2) Buscar manter equalizado as contas indispensáveis e que não podem ser atrasadas;

3) Quitar os débitos com cartão de crédito e cheque especial, pois as taxas de juros  são extremamente altas;

4) Evitar endividamentos seja de curto ou de longo prazo;

5) Desenvolver a veia empreendedora criando novas formas de geração de renda familiar, seja pela produção de algum produto comercializável, seja pela prestação de algum serviço para a população. E mantenha-se firme, pois a crise é um momento passageiro e caso você consiga resolver-se bem financeiramente neste momento, poderá usufruir de sua obstinação quando ela passar.

Investimentos e rentabilidade

Com a queda da taxa Selic para 3,5% ao ano e com a inflação na casa dos 3,0% ao ano estamos vendo nosso dinheiro ser aplicado a juro zero. Sim. Se descontarmos a inflação do rendimento obtido, estamos deixando o dinheiro aplicado sem juros. Para os que tem perfil mais arrojado, buscar investimentos de maior risco talvez seja uma boa pedida.

Porém, é necessário estar consciente que investimentos que proporcionam maior rentabilidade apresentam maiores riscos. Rentabilidade e risco são valores diretamente proporcionais, ou seja, aumenta-se a possibilidade de ganhos, mas aumenta-se a possibilidade de perdas. Então, se o seu perfil de investidor permitir, busque informações sobre estes investimentos mais agressivos e bons negócios.

Vale a pena investir em Fundos de Investimentos Cambiais?

Com a recente valorização do dólar em relação ao Real, os fundos cambiais que tem seus rendimentos atrelados à variação cambial, muitos investidores estão pensando em aplicar seus recursos nestes fundos. Devemos lembrar sempre que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Desse modo, o melhor momento para este tipo de investimento já pode ter passado, uma vez que a previsão do próprio Banco Central do Brasil é que o dólar termine o ano cotado a R$ 4,80. Caso isso aconteça, quem comprar cotas de fundo cambial agora poderá ter uma rentabilidade negativa. Então, antes de fazer qualquer aplicação, busque  assessoria de profissionais habilitados e bons negócios.