Proibição de trânsito pesado em área urbana de Nova Veneza gera reclamações

Por Francine Ferreira

A proibição do trânsito pesado em área urbana de Nova Veneza tem gerado reclamações de caminhoneiros, que estão descontentes e se dizem prejudicados, por precisarem optar por caminhos mais longos nas rotas diárias de trabalho. Principalmente no que diz respeito ao tráfego por vias do Bairro Eliza, o que antes era permitido e agora já não é mais.

O caminhoneiro Natan Morelli é um dos exemplos de profissionais que tem enfrentado dificuldades. “Agora temos que fazer a volta pelo São Bento Alto, o custo é praticamente o dobro e o frete não aumentou em nada. Estamos tendo um prejuízo muito alto, fazendo as viagens de graça. Temos que fazer uma viagem imensa, carregamos o caminhão e chegamos na empresa tendo que descarregar, também não dá tempo de descansarmos. Essa situação está ficando bem complicada para nós”, argumenta.

A mudança, de acordo com o secretário de Planejamento e Urbanismo de Nova Veneza, Felipe Niehues Furlan, se deu depois de reclamações da sociedade e dos moradores. “Baseado nisso o prefeito fez uma audiência pública e, naquele dia, os moradores optaram por tirar o trânsito pesado da área urbana, uma vez que causa desgaste na malha viária, dano na estrutura, pressiona a rede da Casan, danifica a drenagem das ruas, causa afundamentos, entre outros problemas”, elenca.

Autorização para transitar

Ainda assim, conforme o secretário, há uma lei em Nova Veneza que regulamenta o trânsito pesado no município. Com isso, se uma pessoa física ou jurídica quiser transitar com autorização, precisa ir até a Secretaria de Planejamento e apresentar um requerimento de circulação, anexado a um estudo de impacto de infraestrutura viária.

“Temos que saber o peso do caminhão, o itinerário que ele faz, quantas vezes irá passar, quais os dias, quantas vezes por semana e mês, por exemplo. Baseado nisso, com esses documentos, vamos ter um fator de cálculo para analisar e ver qual será o impacto do caminhão ou caminhões da empresa na malha viária, a prefeitura vai mensurar medidas mitigadoras e a empresa precisará oferecer uma compensação por aquilo”, explica Furlan.

Neste cenário, o caminhão poderá conseguir autorização para circular durante um ano, com possibilidade de ser renovada depois desse período. “Assim, quando forem fiscalizados e a polícia parar, apresentarão a autorização do município e não ser multados”, finaliza o secretário.