Lançado em junho pela Fundave e Secretaria de Educação, o programa irá até novembro e já tem garantia para 2022
Quando o Programa Escola Amiga foi criado pela Fundação do Meio Ambiente de Nova Veneza (Fundave) e Secretaria Municipal de Educação, no início de junho, as 12 escolas da rede municipal de ensino tinham oito atividades obrigatórias e mais atividades extras. Depois de seis meses, as expectativas surpreenderam os idealizadores do projeto e os professores que estimulam os alunos a exercitar a criatividade.
“Nós vimos bastante evolução desde o início do projeto, as escolas se motivaram e percebemos que os professores e alunos mudaram os seus comportamentos. Eles estão tendo mais iniciativa para realizar as ações, saindo da zona de conforto e com isso promovendo atividades que agregam para a escola e a comunidade em geral”, revela o presidente da Fundave, Juliano Dal Molin.
Além do aprendizado, as atividades serão avaliadas e as escolas com as melhores pontuações, receberão premiações, como notebook, caixa de som, livros e smartphones. “É mais uma forma também de incentivá-los, a motivar os alunos a realizarem as atividades. Eles tratam como uma competição e se dedicam muito”, conta o presidente.
As escolas, segundo o presidente, estão começando a criar um padrão e tornando essas atividades comuns. “Toda escola que entramos, é possível ver as melhorias que vieram junto com o projeto. Por exemplo, algumas escolas iniciaram a coleta de eletroeletrônicos, pilhas e baterias. Com o Escola Amiga, as escolas estão têm um papel ainda mais importante na transformação destas crianças quanto cidadão”, afirma Dal Molin.
A outra pasta parceira do Programa, a Educação, tem papel fundamental na organização das atividades nas entidades de ensino. “Eles estão o tempo inteiro buscando novas alternativas, novas formas de desenvolvimento. Percebemos o interesse e alegria dentro das escolas, não só dos alunos, mas também dos diretores e demais funcionários das escolas, todos envolvidos e buscando novas alternativas”, comenta o secretário Heriton Sandrini.
As atividades, além de promover uma integração entre alunos e professores, proporcionam um embelezamento nas escolas, pelo fato de o programa trabalhar a parte da estrutura e logística da escola. “Você pode passar em todas as 12 escolas e perceber como os cenários estão modificados, com coisas simples, inteligentes, muito boa vontade de todos e muito amor envolvido. Hoje estamos trabalhando tanto a parte ambiental, como a parte intelectual, social e isso da estrutura da escola. O cenário das escolas mudou justamente por conta da implantação do programa, e até o final do programa, muitas coisas ainda vão acontecer”, explica.
Uma das ideias do Escola Amiga é a interação escola e comunidade, que acaba se envolvendo nos projetos desenvolvidos pelos alunos. “A comunidade está envolvida, seja recebendo as crianças, seja deixando exposto o trabalho que elas realizam, e até mesmo os familiares de nossos alunos, que estão ajudando nos trabalhos. Os alunos, professores e diretores estão levando o programa para fora da escola, em contrapartida as famílias estão vindo ajudar dentro da escola. As escolas quiseram envolver a comunidade, que era um objetivo nosso na parte social”, conta Sandrini.
Uma das ações realizadas do Escola Amiga ocorreu nesta terça-feira (05). Os alunos da turma do 3° ano da Escola Municipal do Caravaggio criaram papa-pilhas para entregarem no comércio. No total, quatro papa-pilhas foram feitos e entregues no comércio do distrito. “Estamos explicando, junto com a Fundave, tudo isso de conscientização para eles. Além de eles estarem aprendendo sobre isso, eles estão dando a oportunidade para a comunidade ser consciente e ajudar. Deixamos em quatro comércios aqui do nosso distrito e esperamos que o povo, assim como nossas crianças, aprenda cada vez mais sobre isso”, fala o diretor da escola, Fernando Topanotti.
O diretor da escola destaca que toda a escola apoiou muito bem a ideia é que o programa vem sendo um sucesso dentro do colégio. “Toda a comunidade escolar abraçou, estamos trabalhando a cada dia com ações diferentes voltadas para o meio ambiente, todos os professores estão engajados com os alunos e cada um ficou responsável por algo. Foram várias atividades que de uma forma ou de outra transformam nossa rotina”, explica Topanotti.
A Amanda Pacheco Romagna, de 9 anos, ficou responsável por ler uma cartinha, escrita pela turma, nos locais em que eles passavam entregar os papa-pilhas. “Escrevemos juntos, com a ajuda dos professores, e todo mundo ficou bem feliz e animado com isso. Estamos aprendendo muito e queremos que todo mundo da cidade aprenda junto com a gente”, diz a menina.
Por Leonardo Gava