Preço do gás de cozinha cai 5% nas refinarias, Nova Veneza não deve sentir redução

Anunciado para esta sexta-feira, 19, o preço do botijão do gás de cozinha (GLP) cairá 5% nas refinarias da Petrobras em todo o país.

Agora os reajustes do botijão de até 13 kg passarão a ser trimestrais e não mais mensais. A informação foi divulgada na quinta-feira, 18, pela Estatal.

As revisões feitas pela Petrobras poderão ou não se refletir no preço final ao consumidor, uma vez que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. Com isso, apenas algumas regiões do país poderão se beneficiar.

“Essa redução poderá acontecer em lugares onde não há muita concorrência entre as revendedoras, onde o preço do botijão é comercializado por até R$ 80. Em nossa região o valor médio está em R$ 70, mas esse valor só acontece por conta da grande concorrência, o que segura o valor perto do preço mínimo. Então por aqui é bem provável que esta redução não aconteça, pois as revendas já trabalham com o preço abaixo da média,” explicou o proprietário da Dipetrol Gás de Nova Veneza, Evandro Gava.

Sem os impostos o botijão de 13kg custa na refinaria R$ 23,16.

Em nota, a Petrobras informa que o objetivo da decisão foi “suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico, ao mesmo tempo em que se mantém o disposto na Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética, que reconhece como de interesse da política energética nacional a prática de preços diferenciados para a comercialização do GLP de uso residencial”.

Reajuste trimestral

A partir deste ano, os reajustes de preços passam a ser trimestrais em vez de mensais, com vigência no dia 5 do início de cada trimestre.

O período de apuração das cotações internacionais e do câmbio que definirão os percentuais de ajuste será a média dos doze meses anteriores ao período de vigência e não mais a variação mensal.

Qualquer redução ou aumento de preços superior a 10% terá que ser autorizada pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp), formado pelo presidente da Petrobras e pelos diretores de Refino e Gás Natural e Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

Nestes casos, a data de aplicação dos ajustes pode ser modificada. Caso o índice de reajuste seja muito elevado, o Gemp poderá não aplicá-lo integralmente, e compensar a diferença.

O mecanismo de compensação vai permitir comparar os preços praticados com a nova política e os preços que seriam praticados com a política anterior. As diferenças acumuladas em um ano, ajustadas pela taxa Selic, serão compensadas por meio de uma parcela fixa acrescida ou deduzida aos preços praticados no ano seguinte.

Nielmar de Oliveira da EBC com edição de Willians Biehl