Longe de ter um desfecho a curto prazo, o debate envolvendo a homenagem ao imigrante e agrimensor italiano, Natale Coral, homenageado com seu nome em uma praça no bairro Elisa em Nova Veneza, ganhou um novo episódio nesta terça-feira, 16, com a publicação de um manifesto do povo Laklano / Xokleng.
A polêmica iniciou após nota de repúdio publicada no dia 3 de fevereiro, pela coordenação do curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Na sequência, o assunto foi catalisado nas redes sociais em um vídeo do professor do departamento de História da UFSC, o neoveneziano Waldir Rampinelli.
Para o grupo contrário, a homenagem é uma afronta à memória dos Xokleng, povo que habitava a região antes da chegada dos imigrantes. Com testemunhos documentados em livros, apontam Natale Coral como um dos bugreiros responsáveis pela eliminação dos índios na região.
Judicialização
Porém, há a ameaça de judicialização da discussão por ambos os envolvidos. De um lado os índios e entidades apoiadoras, do outro, os descendentes de Natale, que negam que o imigrante teria participação nas matanças, e que as histórias contadas sobre o assunto seriam lendas, diante disso, afirmam que irão provar a inocência do imigrante e encerrar a discussão.