Por que o frio pode intensificar a pandemia de coronavírus

Com o fim do verão e aproximação do inverno, especialistas mostram preocupação com aumento nos casos da doença

O surto de coronavírus chega ao Brasil ao mesmo tempo em que os dias quentes de verão no hemisfério sul chegam ao fim. A aproximação do inverno pode piorar a disseminação do vírus. A avaliação de médicos sobre o tema faz o temor aumentar ainda mais entre os brasileiros.

O número de mortos já ultrapassou os dez mil e os casos confirmados não param de crescer. Hospitais estão lotados e não há no horizonte próximo algum medicamento ou vacina capaz de frear a intensidade do coronavírus. Sites como o https://saudelogo.com a explicar e mostrar como o vírus age, além de dicas relacionadas à saúde e bem-estar.

ouco se sabe sobre como as mudanças no clima sazonal afetam o novo coronavírus, que tem desencadeado uma crise global. No entanto, especialistas em doenças infecciosas no Brasil disseram que surtos passados ​​no país, incluindo a pandemia de gripe suína H1N1 de 2009, apontam para o contágio exacerbado em temperaturas mais baixas.

Embora grande parte do Brasil seja tropical, as temperaturas mensais em partes do sul e sudeste variam em média 5º a 6º em junho e julho, meses de frio intenso. As temperaturas começam a cair em abril, quando as infecções por gripe tendem a aumentar, disseram especialistas.

Especialistas em doenças infecciosas dizem que não podem ter certeza se o coronavírus é sazonal, porque não existe há tempo suficiente para reunir evidências suficientes. No entanto, com doenças respiratórias como gripes e resfriados, os cientistas pensam que o ar frio causa irritação nasal e das vias aéreas, que torna as pessoas mais suscetíveis à infecção.

No Brasil, especialistas em doenças apontaram preocupações para o sul.

Além de ser a região mais fria do Brasil, também possui uma população mais velha, segundo o censo de 2010. No Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, 20% das pessoas tinham 60 anos ou mais.

Um estudo do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo sobre o surto de gripe suína de 2009 confirmou a maior incidência de infecções nos três estados mais frios e meridionais do Brasil. Em 2006, uma pesquisa descobriu que as mortes por pneumonia e influenza atingem o pico nos estados do sul do Brasil durante o inverno.

“Podemos supor que o coronavírus esteja em conformidade com a mesma estrutura”, disse Expedito Luna, pesquisador do Instituto de Medicina Tropical.

Tania Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro, disse que o calor provavelmente enfraqueceu a capacidade do vírus de sobreviver em lugares como maçanetas ou no ar.

“Esta é uma vantagem para nós agora, quando está quente”, disse ela. “Não será uma vantagem daqui para frente.”