Por essa não esperavam

Naquela tarde de sábado as ocorrências foram uma atrás da outra, mas sabíamos que havia uma “grande” em andamento, a qual já tinha no local outras forças de segurança.

Lá pelas tantas, ao chegarmos enfim ao quartel para aquele café adiado “n” vezes, fomos lanchar a mistura. Porém não deu tempo, o alarme soou novamente e lá fomos nós para mais uma, por sinal era aquela que perdurava por horas.

Informados pela central que um homem em sua residência estava com comportamento agressivo mais problema mental, e não querendo atender as solicitações dos órgãos de segurança presentes, nem ao menos de sua família. Foi aí que tiveram a ideia de nos acionar.

No ambiente a Nasa, Swat, polícia e os super amigos, brincadeira gente! Os curiosos tomavam conta do cenário no entorno da casa. Sem titubear passamos em direção ao interior da residência, quando um colega das forças, nos “pagou” que o homem estava armado com uma “peixeira”, faca afiada para os desavisados.

Ao passar pela irmã do cidadão pivô, perguntei baixinho: o que ele mais gosta? E fui adiante junto com mais um colega Bombeiro. Ele estava deitado na parte debaixo de um beliche, o moço tinha mais ou menos dois metros de altura, o braço dele parecia minha coxa. A peixeira estava na sua mão …

Com aquela voz aguda ou grossa como dizem por aqui, disse: o que tu queres … sentando ao mesmo tempo. Naquele momento não tive medo, só receio! Respondi rapidamente, somos da autoescola, vamos lá fora no carro de sua irmã e você fica ao lado dela para aprender a dirigir …. naquele momento a faca afiada já estava na minha mão …

Ao sairmos na rua a torcida, digo, os curiosos vibravam com a guarnição do ASU que acompanhava o agora não mais furioso homem. Ele feliz com as aulas de direção, fomos o encaminhando o mesmo para uma casa de saúde. Por lá  também tudo certo!

Situação controlada e a necessidade do solicitante atendida, retornamos ao quartel.

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