Na matéria anterior, discorremos acerca de um conteúdo importantíssimo, a saber, “A Blasfêmia contra o Espírito Santo”, aprendemos, naquele momento, que tal atitude é reprovável e imperdoável diante de Deus. Neste momento, vale lembrar, antes de mais nada, que iremos comentar a respeito do pecado, que se torna imperdoável, a partir do momento em que não há atitudes por parte do transgressor, ou seja, quando a pessoa torna-se indiferente no que diz respeito às suas iniquidades.
Para entendermos melhor, tomaremos como base, a fim de nortear este conteúdo, o texto contido em (Lucas 23.38 ao 43) que descreve claramente as atitudes, ou melhor, a atitude de um indivíduo que estava ao lado da cruz de Cristo. Ele olhou para o Mestre, reconheceu suas falhas, arrependeu-se e, além disso, pediu para Jesus lembrar-se dele quando estivesse no Paraíso. Prontamente Cristo lhe respondeu: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Contudo, o outro homem, que estava do outro lado da cruz, somente zombou e não se arrependeu, pois não confessou, tampouco se humilhou na presença do Mestre, não obtendo, portanto, o perdão. Porquanto, Jesus nada falou para ele. Em resumo, podemos aprender por meio desta história verídica, a necessidade de confessar ao Senhor Deus, por meio de Jesus, nossas culpas, bem como voltar-se a Ele de todo coração, tal qual um dos pecadores da cruz o fez. Em outras palavras, precisamos nos arrepender e confessarmos o erro, de modo que recebamos a remissão dos pecados.
As Sagradas Escrituras alude em inúmeros contextos à urgência do homem/mulher arrepender-se verdadeiramente, a fim de receberem o perdão Divino. João Batista, por exemplo, enquanto batizava as pessoas no rio Jordão alertava: “Arrependei-vos…” (Mateus 3.2). O doutor Lucas também escreveu no livro de Atos dos Apóstolos que: “Deus não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam” (Atos 17.30); Lucas também deixou escrito o que acontece quando um pecador se arrepende (Lucas 15.7), há alegria nos Céus, ou seja, os anjos festejam e Deus se alegra em virtude da ação manifestada por parte da pessoa; o mesmo médico complementa em seus escritos que: “Em seu nome (nome de Jesus) se pregasse arrependimento para perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém” (Lucas 24.47), isto é, o arrependimento tem a finalidade de anular nossas iniquidades. O próprio Deus quer que todos se arrependam de seus delitos: “… não querendo que ninguém se perca, mas que todos venham a arrepender-se” (2Pedro 3.9). Jesus também repreendeu um Líder de uma igreja na cidade de Laodicéia, na Ásia, dizendo: “Eu repreendo e castigo àqueles a quem amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Apocalipse 3.19). Deus o amava, por isso o corrigiu, porém, se tal Líder não se redimisse, seus pecados não seriam apagados. O poder da confissão também está declarado nesta verdade bíblica: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e Justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9). Observe a palavra se no início do trecho citado, ou seja, há uma condição para sermos justificados por Deus, a saber, a confissão.
Finalmente, podemos entender que é imprescindível que haja atitudes por parte daquele que infringe as Leis Divinas. Por isso, leia em sua Bíblia as seguintes referências como confirmação das verdades citadas acima: Provérbios 18.13 e Mateus 3.8. É necessário também, saber que, diferentemente do homem, Deus nos perdoa verdadeiramente. Além disso, Ele faz questão de esquecer os nossos erros. Leia na sua Bíblia: Isaías 43.25.
Relembrando: O pecado imperdoável, conforme visto nesta matéria, ocorre quando não há arrependimento verdadeiro. Por isso, as Escrituras Sagradas adverte-nos por diversas vezes: “Arrependei-vos, arrependam-se, arrepende-te…”. Portanto, arrependamo-nos a fim de receber o perdão de Deus em nossa vida.
Na próxima matéria terminaremos o assunto acerca dos Pecados Imperdoáveis.
Acompanhe esta matéria em áudio
