Paulo Ricardo: A culpa é do outro

A culpa é sempre do outro. É do colega ao lado. É do patrão. É dos pais. É do filho. É do professor. É de qualquer um, menos minha!

A transferência de culpa é evidenciada em diversas áreas: escolar, política, familiar, social, dentre outras.

Raríssimos são os casos em que pessoas assumem a culpa. Temos dificuldades de apontar o dedo para nós mesmos, e quando a oração é feita: “Por minha culpa, por minha tão grande culpa…”, ela só é feita da boca para fora, pois não assumimos nossos atos horrendos.

Vivemos em situações semelhantes àquelas vividas no Jardim do Éden, onde um transferia a responsabilidade para o outro. Nesse local de encontro do homem com Deus, após o homem desobedecer ao Seu Criador, houve transferência de culpa.

Quando Deus interrogou Adão, ele disse: “A mulher que tu me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” (Gênesis 3.12). Neste contexto Adão transferiu a culpa tanto para Deus quanto para Eva. Ela, de igual forma, colocou a culpa na serpente, porém, se houvessem outras pessoas naquele local…

Admitir o erro é algo nobre! Contudo, nem todos concordam. Porquanto, ninguém quer perder a fama de ser “bom”. Entretanto, no âmbito espiritual, é de grande valia quando reconhecemos nossos erros, pois “se confessarmos os nossos pecados, Jesus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1ª João 1.9).

Assuma seus atos! Seja transparente! Seja autêntico (a)! Seja corajoso (a)!

Sejamos, pois, como Davi. Ele disse: “Senhor, tem piedade de mim, sara minha alma, porque pequei contra ti” (Salmo 41.4). Ou, como Neemias, quando a adversidade lhe sobreveio, ele disse: “… também eu e a casa de meu pai temos pecado contra ti”.