As palavras que a boca não fala!

A boca por vezes se cala!
Exala palavras desentendidas!
Ou mesmo despercebidas a mente humana!

 
A boca que nega!
É a mesma que venera!
Ou diz coisas sem razão!
Que ao pensar,
Encontra-se depois,
O motivo da sedução!
Aquele que levou a perdição!

 
Os olhos que choram!
Pelo que não foi falado!
São os mesmos que observam o perdão,
O breve momento de desrazão
Que por vezes faz corroer!
Faz se perder!
Na imensidão da solidão!
Silêncio da multidão!
Que grita a agonia!
Cerimonia do desespero!

 
E enquanto não se fala!
Se grita o reprimido!
Materializa-se no mundo,
O não entendido!
Ou simplesmente o que escondido de si mesmo!
Ou não respeitado!

 
E enquanto se cuida do mundo!
O eu se perde em soluços!
Em engasgos que sufocam!
Que tiram a vida,
Da loucura social!