Os seguros de auto “low-cost “, as fintechs e bancos digitais invadem o mercado

Os seguros de auto "low-cost ", as fintechs e bancos digitais invadem o mercado
Real, a moeda nacional.

No momento de comprar uma mercadoria ou produto, metade dos habitantes do Brasil já pertence ao novo perfil de consumidor deste século: o consumidor digital. De acordo com uma pesquisa efetuada pela Boston Consulting Group (BCG), cerca de cento e seis milhões de habitantes utilizam a internet em alga hora para realizar suas compras.

Esses estudos investigados pela BCG, também constataram que o impacto virtual é mais numeroso nas fases de pré-compra, que requer as ações de localizar, pesquisar e identificar.

Apesar desses dados, a agência de marketing virtual chamada Conversion, em sua investigação nomeada “Consumidor Digital 2017”, mostra que as aquisições via on-line são algo corriqueiro no cotidiano dos cidadãos brasileiros já que apenas 28% dos consumidores executam, aproximadamente, mais de uma compra via internet mensalmente.

Atualmente, o mercado digital cresce de maneira muito veloz. Com o intuito de auxiliar a vida dos brasileiros que vivem, principalmente nas cidades grandes e não dispõe de muito tempo para fazer certas operações.

Neste contexto, o advento dos bancos virtuais não fogem à essa regra: instituições bancárias vêm se modernizando e se apropriando de recursos tecnológicos a cada dia. É uma forma de adquirir mais clientes, fazendo uso de cada vez menos burocracia e de também facilitar sua própria vida.

O banco Inter inaugurou uma nova categoria de seguros para veículos com coberturas somente para prejuízos gerados a pessoas terceiras em situação de batidas e acidentes. O serviço de seguro automóvel oferecido pela entidade têm preços a partir de 540 reais.

Os valores deste novo tipo de seguro disponibilizados pelo banco Inter poderão variar de aproximadamente de 540 reais a 678 reais. O valor do custo será calculado independente do tipo de carro que você têm ou do seu perfil de cliente.

O que a cobertura cobre?

O seguro oferecido pela instituição bancária se responsabiliza em cobrir danos e todo prejuízo causados a outros carros, indivíduos e ainda a imóveis materiais envolvidos em situações de acidentes causados pelo motorista segurado. Os casos de roubos, furtos, incêndios, enchentes, entre outros, também estarão cobertas pelo plano de seguros.

O automóvel do titular do seguro não estará incluído no serviço.

Quais são as vantagens deste tipo de seguro?

Assim como o banco Inter, outras instituições que trabalham com seguros de automóveis estão desenvolvendo a possibilidade de serviços cada vez mais via on-line. Exemplos de instituições deste tipo, que pelo menos parte do processo pode ser feito on-line, são o Bradesco Seguros, Porto Seguros, entre outros.

A apólice geralmente protege de danos em motocicletas, vans, bicicletas, carros, ônibus e até em caminhões. Também cobre estragos possíveis em bens comerciais, privados, públicos e em imóveis residenciais.

O diretor da parte executiva do banco Inter Seguros, Paulo Padilha, afirma que “Nosso objetivo é garantir uma proteção com preço mais acessível para quem dirige com responsabilidade, mas não quer assumir o risco no caso de se envolver em um acidente, provocando danos materiais ou físicos a outras pessoas”.

Como é a contratação?

Além da opção de seguro, o banco proporciona outras duas modalidades, a Plus e a Premium, cujas apólices dão cobertura aos dispêndios de um valor de até cem mil reais e de cento e cinquenta mil reais, respectivamente.

Um aspecto importante de se destacar é que o consumidor antes de decidir realizar a contração do seu serviço de seguro, deverá simular, comparar e assim avaliar qual é a sua melhor opção, pois os valores podem mudar muito nas seguradoras de autos locais mais confiável e virtuais.

Lembre-se que a transação de contratação poderá ser realizada de forma integral na internet.

O que são as fintechs e como elas funcionam?

Já conseguiu pensar em um mundo onde não existam as agências bancárias físicas? Um mundo no qual todos os serviços pudessem ser efetuados em qualquer momento do dia através do seu celular?

As fintechs são produto do que se chama de quarta revolução industrial. Ela é a marca da nossa vida atual, onde a tecnologia está constantemente presente. São entidades que re articulam ao setor de serviços de finanças com transações completamente de acordo com a   tecnologia disponível.

Esta modalidade de serviço super inovadora não se restringe aos bancos digitais como o banco Inter. Além de estarem perante um mesmo nome, essas companhias permitem a oferta de serviços e mercadorias distintas entre si.

Existem muitas categorias de fintech no Brasil. Estas são algumas delas:

  • Fintechs de crowdfunding – Trata-se de uma plataforma que foi criada para facilitar o processo de abrir um negócio. A palavra crowdfunding significa financiamento coletivo.
  • Fintechs de pagamento – Esta modalidade de fintech pode oferecer cartões de crédito, máquinas de cartões, entre outros. Em suma, oferece facilidades que estão relacionadas à compra e venda dos consumidores. O Nubank é um bom exemplo sobre esta categoria, possui um cartão de crédito que não tem taxas de juros nem anuidade, e cobra juros rotativos que são inferiores à média estipulada no mercado.
  • Fintechs de crédito ou empréstimo – são instituições virtuais que detém uma estrutura simples voltada para efetuar análise de crédito a partir de resoluções tecnológicas visando melhorar e agilizar a dinâmica financeira entre quem precisa de empréstimo e quem têm para proporcionar.
  • Fintech de bitcoins – bitcoins é uma moeda virtual em que hoje em dia está crescendo muito rápido o número de seus aderentes. Empresas que trabalham com este tipo de moeda, como por exemplo o Mercado Bitcoin, cresceram bastante rápido nos últimos anos.
  • Fintechs de controle financeiro – Ajuda os consumidores que precisam se organizar e controlar de forma responsável suas finanças. Algumas dessas instituições propiciam que seja executado um controle via celular, por exemplo.
  • Fintech de investimento – surgem com o intuito de auxiliar no setor de investimentos dos consumidores, em suma para fazer com que o capital dos clientes rendam da melhor forma possível.

Para poder atuar no mercado de finanças do Brasil, as fintechs, como o banco Inter, são obrigadas a pedir autorização ao Banco Central do Brasil. Além de angariar dados sobre os proprietários, o Banco Central necessitará provar de onde surgiu a empresa, assim como a respectiva movimentação financeira dos recursos que são usados no negócio.

O órgão também é responsável por averiguar se existe compatibilidade da capacidade econômica e financeira com a dimensão, o intuito e a natureza do empreendimento.

No país, para as fintechs existe uma regulamentação própria que está vigente desde o mês de abril do ano de 2018, articulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – Resoluções 4.656 e 4.657.

Contudo, os dados estatísticos apresentam uma enorme influência das tecnologias na maneira de se comportar dos indivíduos consumidores. Essas informações também destacam que esse impacto é consideravelmente menor quando é em relação aos produtos e funções do mercado financeiro.

Um relatório recentemente analisou dados fornecidos pelo Banco Central do Brasil, chamado de “Competências em educação financeira: descrição de resultados da pesquisa da Rede Internacional de Educação Financeira adaptada e aplicada no Brasil”.

Feito com mais de 2000 cidadãos, divulgou que cerca de 38% dos consumidores que responderam à estatística afirmaram que não fizeram nenhuma simulação, pesquisa ou comparação entre distintas opções antes de contratar um serviço financeiro.

É importante indicar que o consumidor brasileiro deve fazer um uso consciente e responsável das fintechs, sempre pesquisando bastante antes de efetuar um contrato. Tendo em vista que no mercado digital também existem muitas fraudes, páginas falsas, e empresas que se apropriam do nome conhecido de outras para forjar transações monetárias.