De olhos abertos!

Alguns momentos,
Descubro que a arvore,
Que balança com o vento,
Ouve tantas histórias,
E guarda na memória todas elas,
Em forma de segredos,
Que padeceram junto dela!

Alguns momentos,
Quando olho para o asfalto,
Um pouco gasto pelo uso,
Vejo tantas vidas,
Que por ali passaram,
Incontáveis dias de chuva,
De solidão dos feriados,
De transito turbulento,
E de normalidade!

Alguns segundos,
Quando observados,
Vê-se tantas coisas,
Que passam despercebidas!
Sobre os olhos,
Sobre a vida,
Que passa rápido,
E simplesmente se acaba!

Por um minuto,
Um minuto sequer,
As coisas mudam!
O que era pouco,
Mostra-se tanto,
Que pergunta-se então,
Onde tudo isso estava!

Um espanto!
Um encantamento,
Ao descobrir tudo ali!
E nós cegos,
Nada vemos!