E o nome da minha empresa, por onde começar?

Olá queridos leitores, espero que estejam bem!

Meu nome é Rafael Pires, e estou chegando para comentar de Contabilidade e Finanças, espero que gostem!

Para começar, gostaria de tratar sobre um assunto muito peculiar, o nome (Razão Social) da empresa.

Parece até simples criar um nome, mas só quem já se deparou com este dilema sabe como é difícil encontrar um nome para um negócio que estamos começando a criar. Primeiro porque queremos que soe o mais agradável possível, mas, também é necessário que identifique o negócio que estamos desenvolvendo. Muitas pessoas não sabem da importância que o processo de criação do nome de uma empresa, serviço ou produto, tem dentro de uma estratégia corporativa. A escolha de um bom nome pode fazer com que o desenvolvimento de uma marca seja acelerado em anos e que ela cresça mais rapidamente.

Comumente, utilizamos nosso próprio nome ou sobrenome para dar luz à empresa, porém, quase nunca é interessante, acredito que esse método é apenas um paliativo para iniciarmos o negócio enquanto ele está iniciando sua jornada. Quando fazemos isso, sempre precisamos entrar com um nome “fantasia”, que na verdade não é o nome oficial da empresa, como já diz o termo, é um nome “fantasia”, é o que colocamos nos cartões de visita, nas placas do estabelecimento, na internet, em fim, é como vamos chama-lo.

Então, se desejamos chamá-lo por aquele nome fantasia, por que não colocamos já no nome oficial da empresa? Simples, por que não nos decidimos ainda, não temos certeza se o público irá se identificar com aquele nome. Corremos então o risco de perdê-lo, de perder a identidade, pois se já existir outra empresa com aquele nome, ela poderá nos solicitar para retirar, isso mesmo, você terá que iniciar tudo novamente.

Em muitos casos, o nome da empresa torna-se a marca do negócio, em outros casos, é preciso criar uma marca para o negócio que vai além do nome. É difícil? Claro que sim, não existe fórmula mágica para criarmos um bom nome, mas podemos verificar algumas “regras” para desenvolvê-lo bem. Primeiramente, precisamos entender que o nome não deve ser uma tentativa de descrição do produto ou serviço ofertado, mas sim do espírito da personalidade da empresa, pois isso é o que vai ligar a marca emocionalmente a todos aqueles que entrarem em contato com ela.

Para a criação de um nome é também preciso pensar diferente, pensar grande, ir além do dicionário e considerar que empresas como “NetFlix” e “Oracle” não se prenderam a padrões de linguagem, que a “Blackberry” e a “Apple” foram à contramão do convencional, e que todas essas são referências em seus setores. Com opções de nomes disponíveis cada vez mais escassas, o diferencial do nome da sua marca pode ser o inesperado, o incomum, o extraordinário, sendo crucial manter-se aberto para todas essas possibilidades.

Se eu pudesse dar dicas para criação do nome da sua empresa eu lhe diria que ele deve ser: curto, simples, memorável, fácil de pronunciar, ler e escrever, visualmente interessante, de fácil busca na internet, possuir conceito e ser original (distintivo/não convencional), estratégico, deve gerar associações positivas, atemporal (a frente de seu tempo, novo), e principalmente que seja legalmente protegível. Como já disse, não existem fórmulas para a criação de um nome, mas podemos seguir uma lógica, e principalmente, devemos estar de mente aberta e liberada para quaisquer novidades, pois a vida é isso, uma verdadeira enxurrada de coisas novas que mau damos conta de acompanhar.

Rafael Pires – Contador e professor na Escola Superior de Criciúma – ESUCRI