O Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, da Unesc, participa do resgate da Baleia Jubarte encalhada em Balneário Esplanada, em Jaguaruna. Além da Universidade, também participam da coordenação do Protocolo, a Polícia Ambiental, Udesc de Laguna, Educamar, Instituto Australis, Defesa Civil, Prefeitura de Jaguaruna, Associação R3 Animal, APA da Baleia Franca (ICMBIO), Corpo de Bombeiros e Univille.
A coordenadora do Museu, Morgana Cirimbelli Gaidzinski, explica que as instituições que compõem o protocolo seguem parâmetros da Comissão Baleeira Internacional. O trabalho no litoral de Jaguaruna iniciou na última quarta-feira, 05, e segue nesta quinta-feira, 06.
“O museu vem trabalhando ao longo dos anos no recolhimento de carcaças dos animais no Litoral Sul catarinense, devido a isso foi convidado a participar deste protocolo constituído por diversas instituições. Cabe ao museu, no momento que o animal está vivo, auxiliar no resgate. A partir da morte do animal, participamos, dependendo da situação, do aproveitamento da carcaça para que seja utilizada no acervo”, conta.
Para realizar este trabalho, o Museu de Zoologia da Unesc possui profissionais altamente capacitados. “Todos passam por um treinamento, pois precisam estar bem preparados para processos de resgate como este”, cita Morgana.
Em caso de morte do animal, cabe ao museu realizar a necropsia, o descarne e a preparação do material biológico recolhido para depois entrar no acervo.
O resgate
A Baleia Jubarte encalhada possui aproximadamente 11 metros de comprimento. Na tarde de quarta-feira, durante a maré cheia, as equipes realizaram tentativas de resgate, posicionando o animal para que pudesse nadar para fora da zona de arrebentação. Ele respondeu com movimentos do corpo, porém não nadou em direção ao mar, permanecendo encalhado.
Encalhes de baleias vivas não são comuns, mas podem ocorrer quando elas se aproximam da costa e estão debilitadas, doentes ou desorientadas.
Baleias Jubartes
A Baleia Jubarte é um animal que migra para o Nordeste do Brasil, onde tem sua principal área de concentração reprodutiva. Não é comum a ocorrência dessa espécie no litoral, porém já foram avistadas, além de casos de encalhes na região.
Sobre os encalhes
A coordenação do Protocolo é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, Udesc, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, da Unesc, APA da Baleia Franca, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e a Polícia Militar Ambiental. Um trabalho em parceria para este tipo de atendimento.
Por Marciano Bortolin/Agecom/Unesc