Mulheres são maioria em casos de depressão

O Brasil é o país com o maior número de depressivos em toda a América Latina e está classificado em 1° lugar de país mais ansioso e 5° lugar de país mais depressivo do mundo. A incidência da doença se mostra mais expressiva e a prevenção, bem como o tratamento, se fazem de extrema importância.

A depressão é um transtorno mental responsável por desestimular o indivíduo que a apresenta. Dentre os sintomas estão a tristeza persistente, a indisposição, o cansaço, o comprometimento do sono, a ansiedade e até mesmo os pensamentos suicidas.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) a considera como principal problema de saúde e principal causa de incapacidade em todo o mundo.

O tratamento pode ser feito por meio de acompanhamento psicológico e em casos de necessidade, ocorrerá o encaminhamento do paciente para consultas com um psiquiatra para a avaliar a possibilidade de utilização de medicamentos. Nesse último caso, recomenda-se manter ambos os tratamentos, tanto com psicólogo quanto com o psiquiatra para melhores resultados.

Em estudos recentes, o grupo das mulheres foi demonstrado como mais atingido pela depressão. Dados apontam que os números ultrapassam em cerca de 30% com relação à incidência da doença em homens. Além disso,  de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 70% do grupo já realizou tentativas de suicídio, o que demonstra uma maior instabilidade emocional em mulheres. A saúde mental da mulher, portanto, se mostra em xeque.

Alguns fatores podem explicar essa maior incidência em mulheres do que em homens, a cultura e a biologia são as principais delas. No Brasil, o machismo provoca uma série de adversidades para a mulher como desigualdade de salários, duplas jornadas, padrões de beleza, violência sexual, feminicídios e outros tantos.

Dessa forma, as mulheres estão sendo exposta constantemente à uma diversidade de tarefas que não conseguem cumprir e à padrões que não conseguem alcançar, lhes dando uma falsa imagem de incapacidade. Esse quadro gera frustração e baixa autoestima, estimulando o desenvolvimento da depressão e ansiedade, fazendo-as chegar aos níveis mais graves da doença.

Já biologicamente, as mulheres sofrem grandes oscilações na produção de hormônios. Eventos como a menstruação, gravidez ou a menopausa provocam, de forma parecida, a produção e supressão de hormônios. A depressão como é uma doença que pode ser causada pela disfunção dos mesmos, pode então ser desencadeada nesses momentos.

Para que os números melhorem, é importante que ocorra uma maior atenção à esse público a fim de melhorar as condições enfrentadas por ele na sociedade. A busca por políticas públicas que busquem pela equidade de gênero em iniciativas privadas e públicas, bem como a métodos mais avançados e menos lesivos à mulher, são iniciativas que podem ajudar na diminuição desses números.

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Redação Portal Veneza