Metalúrgicos rejeitam 7,5% e marcam nova Assembleia

Em maioria, os metalúrgicos de Criciúma e Região rejeitaram a proposta patronal de 7,5% a partir de janeiro e mais 1% em julho somando 8,5%, (a inflação está estimada em 11,28%) em Assembleia realizada na última sexta-feira, 18 de março.

Eles não aprovaram ainda o repasse dos atrasados em nove parcelas a partir de abril. “Os trabalhadores perderam 11,28% com a inflação e, assim como os trabalhadores, nós da direção também não aceitamos um índice que não reponha esta perda. Nunca fechamos abaixo do INPC e, vamos manter a negociação para garantirmos este percentual”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região (Sinmetal), Francisco Pedro dos Santos, o Chico.

Conforme ele, os empresários alegam estarem em crise, no entanto, está suposta crise acontece sempre no momento da negociação coletiva. “Sabemos que em diversas fábricas os metalúrgicos estão fazendo hora em função do volume de produção”, pontua Chico. Uma nova Assembleia será realizada dia 29 de março, às 18h30, na sede do Sindicato em Criciúma. “Neste dia iremos avaliar uma nova proposta, se houver, ou deliberar novos encaminhamentos”, conclui o sindicalista. A data-base é 1º de janeiro. São mais de oito mil metalúrgicos distribuídos principalmente nas cidades de Criciúma, Nova Veneza – distrito de Caravaggio, Içara Sangão, Forquilhinha, Morro da Fumaça, Urussanga, Braço do Norte e Orleans.

Proposta rejeitada em Caravaggio

No dia 09 de março, os  metalúrgicos da região de Caravaggio, em Nova Veneza, rejeitaram a  proposta patronal de 8,5% a partir de 01 de janeiro e o complemento do valor integral da inflação de 11,28%, a partir de 01 de junho, sem os atrasados.

Maristela Benedet

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