Marcos Alexandre Margotti Izé: Rosas, livros e solidão!

.

Menino moço

Menino moço,

Barbado!

Criança! Crescida!

Que hoje parece adulto!

Não menos ingênuo!

Não Menos sapeca!

Que fala de amor!

Isento de pudor!

E mesmo vergonha na cara!

 

Olha para as meninas,

Com cara de quero mais!

Rosto de curioso!

De quem nunca amou!

Nunca se declarou!

 

Da vida, faz um brinquedo!

Do mundo seu jardim!

Da chuva! Bem, melhor um livro e um café!

Ou mesmo uma bela companhia!

Para horas de alegria!

Menino moço!

Que quer se apaixonar!

Quer no mundo se largar!

Quer tudo e mais se possível for!

E quer também um carinho em forma de abraço!

 

Menino moço!

Que moço já não é mais!

E adulto vive a cantar!

Pois lagrimas! Bem deixe-as para traz!

 

Poesia dos 23 anos

Dormi criança,

E ao amanhecer quando acordei,

Descobri que meus cabelos se perderam!

E minha pele se vendeu!

A um verão qualquer!

 

Tinha nos olhos,

Certo medo de perceber,

Ou mesmo assumir,

Que a barba fazia me responsabilizar,

Pelo meu simples existir!

 

Muito escrevi!

E amigos vi partir!

Amores conheci!

Restando marcas e sensação!

Das paixões que não ficarão!

Ou mesmo aquelas que hoje ainda me fazem suspirar!

 

E hoje, ainda lembro!

Das noites que chorei!

Dos dias que agonizei!

Esperando por respostas,

Que até hoje não encontrei!

E que me fizeram viabilizar!

A existência de meu ser!