Posso?
Há momentos em que apenas palavras são insuficientes,
Para explicar, o que parece não haver explicação!
Para dizer o que não há como falar!
Para demonstrar, o que apenas pode-se sentir!
Por vezes penso!
Como o silêncio fala mais que a multidão!
Como um olhar, diz mais que mil palavras!
Como um abraço, aquece o coração!
Penso também, em como as coisas são banais!
Surreais!
Ou sem razão para um existir!
Penso nas pessoas,
E nos ideais!
Que fazem nos frustrar,
Por serem irreais!
Porem, penso, que não posso apenas pensar!
Que é egoísmo apenas contemplar sem poder dividir!
Por isso lhe peço,
Deixe-me na sua vida eu entrar?
Deixe-me contigo experimentar?
A alegria de viver!
Vamos ouvir os pássaros cantar!?
Vamos descobrir o sabor de beijar!?
Vamos construir um arco Iris de papel!?
Apenas deixe-me!
Descobrir a alegria de lhe conhecer…
Lembranças de um dia descabido
Numa estrada sem caminho,
De um horizonte descabido,
Soa sonora, o vento da solidão!
As gotas de chuva,
Melancólicas a cantar,
Molham a face,
Que aguarda sem pensar.
As lagrimas, que se misturam a emoção,
Das lembranças, dos momentos,
Que foram,
E junto a ela, não irão mais voltar!
Por dias penso!
E pensando fico vendo o dia passar!
Apreciando a chuva, na selva cair,
Lavando as emoções!
Como num turbilhão desarmado!
E assim, um caminho vai-se construindo!
Recriando-se!
Reinventando-se!
Na relembrança imortal!
Da mente não menos brutal!