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Caminhos abertos, escondidos por você
Demanhazinha!
Bem cedinho!
Na janela de meu quarto, ouço o pássaro cantar!
Com o brilho do sol,
Que ainda tímido,
Pedi licença,
Para o mundo iluminar!
Para uma nova canção iniciar,
E mais uma vez, pela estrada caminhar!
Não custo a me levantar!
E ouço o cachorro me chamar!
Dando-me bom dia,
deixo um sorriso a ele, de meus lábios escapar!
E de presente, vejo ele dançar!
Não me demoro,
Para estar a pedalar!
E pelas estradas da vida, fico a admirar!
As arvores que dão brilho ao olhar!
Os pássaros que ficam a cantar!
E os apressados, que adoram me xingar,
Dizendo que devo trabalhar!
Deixo um sorriso escapar!
Daqueles que fazem a orelha se dobrar!
Pela magia do momento me encantar!
E da vida, nada mais neste momento esperar!
Felizes, dos que podem se experimentar!
E do mundo, às vezes escapar!
Para neste mesmo mundo, novas coisas encontrar!
E poder assim dizer!
Que a vida pode sorrir!
Ou você, um sorriso diferente a ela oferecer!
Algo que não me é compreendido
Agora,
Alguns minutos depois,
Pouco antes de perecer,
Ouço algo dizer!
Que devo enfim perceber!
Talvez entender,
“Mas confesso que assim não o desejo”!
Porem, no mínimo respeitar!
Algo que aos olhos parece ser banal!
Superficial!
E por um breve momento, até surreal!
Sem valor,
E nem ao menos pudor!
Restando assim, um simples tilintar,
Doce de uma canção qualquer!
Que repugna ao tocar,
Que leva-me a um sibilar,
Intenso e cruel!
Por não aceitar,
Está mancha de desrazão!
De normalidade qualquer!
De enquadramento real,
Sem mascaras e razões,
Ou melhor, dane-se…