Mãe de bebê que caiu de trocador em creche busca apoio para exames de rotina

Criança precisa passar por tomografias computadorizadas de crânio de seis em seis meses.

A mãe da criança que, com menos de seis meses, no primeiro semestre de 2019, caiu de um trocador em um Centro de Educação Infantil no distrito de Caravaggio, em Nova Veneza, está buscando apoio para a realização de exames que precisam ser feitos por conta do ocorrido. A menina necessita passar por tomografias computadorizadas de crânio de seis em seis meses.

Conforme a mãe da bebê, Camila Porto David, atualmente a família mora no município de Içara. “Na época a Prefeitura de Nova Veneza me deu um certo apoio, eles me ajudaram com uma tomografia de crânio, mas agora a secretária de Saúde me disse que eles não podem ajudar porque estou morando em outro município. Acho errado, porque foi negligência deles, então eles deveriam prestar esse apoio”, completa.

A mãe explica que a criança teve hemorragia cerebral, com oito focos detectados depois da queda, além de um tipo de inflamação no ouvido esquerdo. Problemas de saúde que precisam de acompanhamento médico, exames e medicação constantemente, como no caso da tomografia computadorizada de crânio, que custa R$ 600, a cada semestre. “Para agendar em Içara, eu tenho que ir cedo, pegar número, marcar consulta, aguardar e depois ser encaminhada, o que pode demorar até dois meses”, afirma.

O que diz a Secretaria de Saúde de Nova Veneza

Ciente da situação, a secretária de Saúde de Nova Veneza, Maristela Vitali Cúnico, garante que está em contato com a mãe da menina e que se disponibilizou a ajudar com a tramitação do pedido junto à Secretaria de Saúde de Içara. “Ela nunca mais tinha me procurado, mas me mandou uma mensagem e respondi imediatamente, disse que infelizmente não podemos fazer nada por Nova Veneza, pelo fato de ela estar residindo em outro município”, explica.

Segundo a secretária, atualmente há no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil uma central de regulação de consultas, exames e cirurgias, no qual para o paciente ser contemplado com os procedimentos, precisa inserir a solicitação na cidade em que está cadastrado. “Ou seja, nesse caso tem que ser em Içara, porque se eu fizer essa solicitação por Nova Veneza, a central de regulação vai me devolver e não vai aprovar nunca, porque ela não é mais moradora de Nova Veneza”, reforça.

Na avaliação de Maristela, há grandes chances de a menina conseguir fazer o exame pelo SUS, mas pelo caminho içarense. “Inclusive estamos conversando com a Secretaria de Saúde de Içara, para explicar a situação da criança e tentar ajudá-la da melhor e mais rápida maneira possível”, finaliza.

Por Francine Ferreira