Humanos que somos

Esta semana assisti a um filme maravilhoso, 100 Metros, que conta a história de um rapaz após receber o diagnóstico de Esclerose Múltipla e sua luta para sobreviver a tão terrível doença.  

Em vários outros filmes também é comum cenas de acidentes com múltiplas fraturas, cirurgias onde o corpo da pessoa fica aberto (vi no documentário Parasitas Assassinos onde o pescoço do homem precisou ficar aberto, aparecendo traqueia e outros órgãos internos), e em poucos dias estar completamente restabelecido.

Onde quero chegar com esta conversa? São exemplos de doenças que nosso corpo, de carne e osso como se diz por aí, consegue superar e nos proporcionar uma vida normal em muitos casos.

Mas e daí? Daí que sozinho ele é peso morto.

No reino animal somos uma entre as poucas criaturas que não sobrevive sem outra pessoa para cuidar da gente, dar abrigo e comida. O bebê quando nasce morre de inanição se a mãe não lhe der de comer, enquanto outros animais, assim que nascem, saem em busca de alimentação para sobreviver.

Somos completamente dependentes. É aí que quero chegar. Visitei uma pessoa acamada esta semana e quando cheguei em casa comecei a refletir sobre a total dependência que temos de outro ser humano para sobreviver.

Se lhe dessem água, comida, virassem-na de várias posições para não machucar seu corpo, se não a levassem ao banheiro, ela ali, na cama, ficava e com certeza em poucos dias seu corpo viria a sucumbir.

Nascemos precisando de outros e morremos também sob cuidados de outros, de que adianta ter uma máquina tão potente então se precisamos de alguém que a faça funcionar?

Pensem nisto: não adianta nada ter um corpo perfeito, ter muito dinheiro se na hora que este mesmo corpo ficar fragilizado não tivermos uma pessoa ao nosso lado que nos dê comida na boca, que nos leve ao banheiro e o mais importante: que nos dê muito amor.

Tenho certeza de uma coisa neste mundo: nasci pelas mãos de alguém e vou morrer precisando de alguém que cuide mim.

Amem-se!

Feliz Páscoa a todos!

Maria Margarete Olimpio Ugioni