O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) sofreu um corte de R$ 45 milhões em sua verba de 2023, direcionado para outros gastos do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Além disso, o orçamento de 2024 enviado pelo Governo Federal não prevê recursos para o setor, causando preocupação na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC).
Importância do Seguro Rural
José Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC, destaca que a redução acontece justamente quando os produtores percebiam a importância do seguro. Criado em 2006, o PSR ajudou a proteger 112 milhões de hectares no Brasil.
O Plano Safra 2023/24 não destinou verbas para o PSR, e dos R$ 1,06 bilhão de 2023, R$ 898 milhões já foram comprometidos. Com isso, a demanda dos produtores não será atendida este ano e em 2024. A consequência direta é o aumento de 20% a 40% no custo dos seguros para os agricultores.
A FAESC alerta que muitos produtores podem optar por não contratar o seguro, colocando-se em risco em casos de adversidades climáticas. O cenário é agravado pelo aumento das indenizações, que alcançaram R$ 10,5 bilhões em 2022, e pelo iminente fenômeno El Niño em 2024, previsto para trazer chuvas intensas ao Sul e seca ao Norte.
Pedrozo reitera a relevância do seguro rural, citando que, nos últimos cinco anos, as seguradoras pagaram R$ 20 bilhões em indenizações por eventos climáticos. Sem esse amparo, os produtores irão enfrentar grandes prejuízos financeiros.
