Gabriel Da Conceição: Ficamos naquele redemoinho de lençóis, roupas e indecências, e tudo começa a ficar divertido…

Gabriel-Da-ConceiçãoLembram-se da minha leitora anônima?

Devo dizer que ela rendeu muitos comentários. Pessoas me paravam na rua, me chamavam no “face”, todos muito curiosos. Queriam saber quem era essa mulher que havia escrito aquele texto picante e muitos também queriam saber de quem se tratava o texto que ela escreveu.

Afinal, quem é essa leitora anônima?!

Nova Veneza é cheia de segredos, esse é mais um.

Ela resolveu atacar novamente, e me enviou mais um texto, diz que talvez escreverá um livro.

Quem sabe em breve teremos um… 50 TONS DE VERMELHO E VERDE.

Vontade X Razão

Nenhuma máscara ou disfarce é capaz de esconder o que há em nossos olhos. Eles falam, contam verdades sobre nós.

A cabeça tenta, em vão, impedir aquilo que o coração não consegue conter e que os corpos anseiam com fervor.

Embora envolta por cinzas, a brasa ainda queima, e basta um leve sopro do vento ou, do destino, para que a fogueira se acenda.

Foi nesta noite de encanto, envoltos por mistérios, que a roda do destino resolveu completar sua volta. Os ventos sopraram, as brasas se inflamaram, a fogueira reacendeu.

Reencontramos-nos.

As angústias e incertezas foram deixadas de lado, para darem lugar aos nossos desejos mais recônditos. Nossas máscaras caíram, juntamente com nossos medos e nossas roupas.

Consumimos-nos ali, com a urgência dos corpos que há muito esperam. As mãos se afagam, apertam, examinam, apalpam e se moldam ao decorrer das nossas mais selvagens e instintivas vontades. Ficamos naquele redemoinho de lençóis, roupas e indecências, e tudo começa a ficar divertido quando percebemos que já estamos fazendo tudo o que prometemos a nós mesmos que nunca mais faríamos. Mas nada de arrependimentos, porque tudo está aliado ao carinho e misturado com o tesão mais soberano. E o “assim não” se transforma no mais promíscuo “não para”…

Agora saciados, corpos e almas leves, partimos… Levo comigo o sorriso nos lábios e a incerteza no coração. Mas de que adianta sofrer? Ou angustiar-me?

Não importa o quanto eu tente, não posso controlar como os acontecimentos me afetam. O importante é deixar que os momentos e encontros aconteçam e aproveitá-los, para que depois se desfaçam, como deve ser e, esperar. Esperar um novo giro do destino, um novo sopro do vento. Esperar até o instante em que surja uma nova colisão, um reencontro. Ah! Como é sublime o momento do reencontro.

(Cronista Anônima)

Beijos e abraços, divirtam-se.

2 Comentários