Gabriel da Conceição: Entre lágrimas, os dois se beijaram selando seus destinos, que pareciam estar fadados a ficarem separados um do outro

Gabriel-Da-ConceiçãoSabe aquela sensação de já ter feito 18 anos, mas ainda não se sentir adulto… Sabe quando você para e percebe que está faltando algo, que há alguma coisa prendendo você ao passado, que você precisa terminar aquilo para finalmente seguir em frente… então este sou eu e meu livro Recomeçar.

Chegou o momento de dizer adeus, embora seja triste, é preciso.

Agora estou escrevendo em tempo integral, dia e noite… Entreguei-me de corpo, alma e coração.

“…Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece…”

Trecho do livro que estou lendo, A Sombra do Vendo de Carlos Ruiz Zafón. Esta é a verdade absoluta.
Trecho do livro que estou lendo, A Sombra do Vendo de Carlos Ruiz Zafón.
Esta é a verdade absoluta.

Uma olhada em Recomeçar

Aqui vai alguns trechos dos capítulos finalizados recentemente.

 

“Houve um momento de silêncio, ela começou a ficar triste.

  • Ei, você está comigo… – disse ele protetor.

Ele a abraçou forte, um abraço de urso, a apertou contra seu tronco nu. Roçou seu rosto em seu cabelo. Encostou seus lábios em seu ouvido.

  • Não deixarei que nada nos afaste – disse ele sussurrando uma voz aveludada. – A partir de agora somos “ele e ela”, somos “eu e você”, somos “nós” contra o resto mundo!

Ela sorriu, e deixou uma pequena lágrima escorrer de seus olhos.

Ele deu uma mordidinha em sua orelha, depois desceu para o pescoço e começou a beijá-la lentamente, e por fim a encarou, olho no olho, então se beijaram vorazmente.

Ele parou de beijá-la repentinamente, e a olhou sério.

Ela ia perguntar o que aconteceu, mas antes que pudesse falar, ele começou a fazer cócegas em seu corpo.

Ela não deixou barato e também fez nele.

Em poucos minutos os dois estavam rolando pela praia, rindo sem parar, com areia por todo o corpo e nos cabelos.

Ele estava por baixo, ela estava por cima.

Olharam-se nos olhos, seus corações batendo forte.

Beijaram-se.

Mas desta vez foi ela quem parou de beijar. Desvencilhou-se dele, levantou-se, e tirou o camisão.

Ele viu a cena lentamente, ela pegando na barra do camisão, e o puxando para cima… o camisão deslizando por seu corpo lenta e levemente, deixando a mostra seu corpo moreno e em forma.

Ela estava usando um biquíni todo colorido, a parte de cima deixava seus seios maiores, e a parte de baixo era bem apertado, e deixava sua bunda bem empinada.

Ele ficou louco ao ver aquilo, ele já havia visto ela de biquíni, mas agora era diferente, agora aquilo tudo era seu.

Ele riu.

Ela percebeu que ele a estava tarando, não se importou, desamarrou o cabelo e o sacudiu sensualmente, e para provocá-lo chamou-o com a mão e então saiu rindo em direção ao mar.

Ele ficou sem saber o que fazer por algum tempo, mas então retirou o calção, ficou somente de sunga e correu para o mar atrás dela.

Lá, eles se agarraram e se beijaram mais uma vez.

Depois se desvencilharam e começaram a tacar água um no outro, entre risadas e beijos.

Eles amavam-se, e nada mudaria isso, ninguém poderia separá-los, nada que acontecesse os afastaria. Eles iriam ficar juntos acontecesse o que acontecesse. Para os outros seriam “ele e ela”. Para eles seriam “eu e você”. E quem sabe o futuro estaria guardando o “nós” para os dois.” (Capítulo Quatro – Ele & Ela)

 

“Quando o sinal de termino das aulas tocou Peter deu graças à Deus.

Daniel e Eduarda foram na frente e disseram que guardariam dois lugares para eles.

Peter e Giulia foram saindo de mãos dadas, caminhavam pelos corredores da escola a passos lentos, mal se olhavam. Os adolescentes que passavam por eles faziam muito barulho, mas os dois pareciam não ouvir nada, estavam em estado de torpor.

Não aguentaram, olharam um para o outro,

Ao olhar para ela e vê-la com os olhos cheios de lágrimas, a maquiagem borrada e arfando, ele queria dizer que tudo era uma mentira, que nunca iriam se separar, mas não podia mentir para si mesmo e muito menos para ela.

Até aquele momento não havia lhe caído a ficha; eles iriam se separar.

Abraçaram-se, forte, o mais forte possível, como se fosse possível unirem-se e não se separarem mais.

Desataram em lágrimas.

Então era esse o sinônimo de amar – sofrer?!

Se fosse, Peter preferia nunca ter vivido, preferia ter morrido antes de conhecer aquele sentimento.

Giulia estava gemendo enquanto chorava.

Peter não aguentou ouvir aquilo, pegou seu rosto entre suas mãos, e a olhou nos olhos, no fundo dos olhos.

  • Nunca vou deixar de te amar! – sussurrou ele.

Ela assentiu, olhando no fundo dos olhos dele.

  • Eu também, eu amo você! – sussurrou ela.

Entre lágrimas, os dois se beijaram selando seus destinos, que pareciam estar fadados a ficarem separados um do outro.” (Capítulo Cinco – O inesperado)