Fundave e STR discutem soluções para avanço das capivaras nas plantações

Encontro aconteceu no escritório da Fundave.

Aconteceu na manhã dessa terça-feira, 29, uma reunião entre membros da Fundação do Meio Ambiente de Nova Veneza (Fundave), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Veneza (STR), e Ernani Gava, representando um grupo de agricultores que estão sendo afetados pelo aumento da população de capivaras. “Esta noite fomos novamente visitados pelos animais, foi um grande estrago” disse Gava.

No encontro foram discutidas possíveis soluções para o problema enfrentado principalmente por agricultores que produzem milho e arroz próximo ao rio Mãe Luzia.

O presidente da Fundave, Juliano Dal Molin, solicitou que os agricultores documentem a situação. “A fundação está à disposição para junto com outras entidades, encontrar uma alternativa. O primeiro passo é documentar e formalizar a situação, depois disso, iremos procurar o Ministério Público para trabalharmos juntos,” afirmou Dal Molin.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Veneza, Evandro Boaroli, demonstrou preocupação com a situação. “Temos ai a população de capivaras crescendo cada vez mais, precisamos sim tomar alguma providência, o produtor está tendo muito prejuízo. Este início de trabalho dos órgãos ambientais é um passo muito importante na direção de uma solução. Ignorar isso hoje, pode deixar no futuro a situação sem controle,” disse Boaroli.

Atualmente a maneira mais eficiente para manter os animais separados das lavouras, seria a construção de cercas, mas é uma alternativa de alto custo, inviabilizando a implantação pelo pequeno agricultor.

Segundo o engenheiro agrônomo da prefeitura, Célio Boaroli, um caminho alternativo seria a captação de recursos para construção das cercas. “Podemos buscar em outros órgãos recursos que subsidiariam a construção das cercas, o produtor entraria com a mão de obra,” sugeriu Célio.

Sem predadores naturais na região e comida farta, as capivaras encontraram um ambiente propício para a reprodução. Hoje os produtores afirmam que somente entre o Centro e o bairro Picadão, existam mais de 60 animais. Como é um animal silvestre, matar capivaras é considerado crime ambiental, sujeito a multa e até mesmo, prisão.

Willians Biehl

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