Fim de papo

A derrota imposta pelo presidente da Câmara de Vereadores de Nova Veneza Maykon Michels ao prefeito Rogério Frigo na sessão do último dia 24, na votação da autorização do empréstimo de R$ 12 milhões, mostrou com clareza o caminho que Maykon deve seguir daqui até a próxima eleição.

Casa cheia

Durante a votação do projeto, a casa estava cheia, principalmente de funcionários comissionados da prefeitura “solicitados” para fazerem pressão nos vereadores. Também estavam presentes moradores que receberam promessas de que seriam beneficiados com pavimentação caso o empréstimo fosse aprovado.

Não deu certo

Como era previsto, na votação houve empate de 4 x 4, e o presidente deu seu voto de minerva contra o empréstimo.

Disse não

Para manter a coerência e cumprir a palavra com seus pares, Maykon recusou todas as propostas feitas a ele, inclusive a de que poderia apontar onde seria aplicado parte dos recursos do empréstimo.

Saia justa

O prefeito tinha tanta convicção de que Maykon estaria com ele, que chegou a dar entrevista a um jornal da região afirmando que conseguiria o empréstimo com o voto do presidente. Só que não…

Colheita

Na política o jogo muitas vezes é pesado e nada ético, porém, duas virtudes valem ouro: coerência e gratidão. E por manter este posicionamento, Maykon já no dia seguinte começou a colher bons frutos da sua decisão.

Ruim de defender

Os argumentos para defesa do empréstimo não convenceram e colocaram inclusive os vereadores de situação em maus lençóis. Como dizer para o pagador de impostos que seria um bom negócio pegar R$12 milhões e pagar quase o dobro em juros tendo no cofre da prefeitura R$11 milhões em caixa para livre aplicação? 

Além disso

Outros pontos polêmicos levantados pelos vereadores de oposição foi de que a dívida ficaria todinha para a próxima gestão fazer o pagamento. Além disso, a promessa de pavimentação que seria paga com o dinheiro do empréstimo pode ser feita com a bufunfa que a prefeitura já tem disponível em caixa.

Entre tapas e beijos

Minutos antes de iniciar a sessão da última terça-feira, o presidente do legislativo Maykon Michels e os vereadores do PP “discutiram a relação” que andava meio estremecida, especialmente com o vereador Evandro Gava. Eles acertaram os ponteiros e voltam com o bloco de oposição fechadinhos.

Largando de mão

Grande parte das lideranças do MDB podem estar de saída do partido e indo em direção ao PL. A reunião para sacramentar a decisão será realizada nesta quinta-feira, 26. Se a expectativa se concretizar, será o fim do histórico partido no município. 

Assumindo

O suplente de vereador sargento Galvão (União Brasil) deve assumir uma cadeira no legislativo neoveneziano agora no início de dezembro. Ele ocupará a vaga de Elton Nuernberg por 30 dias.

Não deu certo II

Um grupo ligado ao vereador Aroldo Frigo Junior tentou recentemente com o comando do PL em Florianópolis, articular para ficar no controle do partido em Nova Veneza, porém o encontro acabou vazando e a reunião não aconteceu. Atualmente o PL em Nova Veneza é comandado por Édio Minatto e Zé Spillere. 

Ficou ruim

A ação pegou mal e pode ter enterrado a possibilidade de Aroldinho ser o candidato a prefeito pela sigla. Na verdade, esse seria só mais um motivo, pois algumas lideranças do PL suspeitam que Aroldo só esteja ganhando tempo e que não se desfiliou do PSDB para também ter a possibilidade de ser candidato na majoritária pelos tucanos.