O filme “Cabrini”, que narra a trajetória da italiana Francesca Cabrini, conhecida como a padroeira dos Imigrantes, em uma emocionante história de fé e determinação foi produzido pelos mesmos criadores de “Som da Liberdade”, um filme de drama e ação baseado na história real de Tim Ballard, ex-agente do governo americano responsável por uma missão de resgate de centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia, e que durante seu lançamento em 2023 foi duramente criticado pela mídia de esquerda.
Agora, “Cabrini” chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira, 28, e será distribuído pela Paris Filmes em parceria com a 360 WayUp. O filme propõe narrar a trajetória da italiana Francisca Xavier Cabrini, conhecida como a padroeira dos imigrantes. Madre Cabrini mesmo com saúde frágil foi diretamente responsável pela criação de diversas escolas, orfanatos e hospitais nos EUA entre os séculos XIX e XX.
Dirigido por Alejandro Monteverde, o mesmo responsável por “Som da Liberdade”, o filme traz Cristiana Dell’Anna no papel de Cabrini, que chegou a Nova York em 1889 para enfrentar uma sociedade marcada pela desigualdade e pela negligência principalmente com imigrantes italianos em situação de vulnerabilidade.
Determinada a transformar essa realidade, Cabrini liderou uma ousada campanha para convencer as autoridades a oferecerem abrigo e cuidados médicos especialmente às crianças órfãs.
Críticas
Para o padre Rômulo Argento da Paróquia São José Operário localizada em Realengo na cidade de Rio de Janeiro, e que participou da pré-estreia do filme na última terça-feira, 26, apesar da obra possuir momentos marcantes e emocionantes, o filme está longe de representar a verdade. Para o líder religioso, o filme possui viés feminista e o mais grave, falseia a verdadeira história criando conflitos inexistentes e removendo o perfil carismático da Madre. “Infelizmente o filme deixa muito a desejar e não concorre para a verdade dos atos da Santa Madre. Conheço pela sua biografia e aconselho a lerem os livros, pois o filme absorveu a agenda feminista e antirreligiosa. Foram criadas tensões inexistentes na história dela em sua relação com a Igreja. Arrancaram o perfil feminino de docilidade por uma personagem grave e quase sem momentos de oração. Nenhuma referência a evangelização dos órfãos, imigrantes e prisioneiros que ela fazia questão de levar aos sacramentos,” apontou padre Rômulo.
“Foram criados diálogos muito diferentes da realidade, na verdade ela foi apoiada e encorajada pelo bispo Scalabrini que era seu grande amigo. Ele que plantou no coração dela a coragem para começar uma obra de missão inédita. Mas o filme coloca os padres e até mesmo o papa Leão XIII como covardes e opositores à missão dela. Uma pena mesmo. Fizeram uma oposição intensa entre mulheres e homens o filme todo. No filme a Santa até diz uma frase de efeito que não existe: ‘Nenhum homem faria o que fazemos’. Houve um ataque direto à estrutura eclesial,” finalizou o sacerdote.