Equipe do IFSC Criciúma conquista título nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica

Estudantes do Câmpus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) se tornaram campeões da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) na modalidade prática, a mais disputada da tradicional competição estudantil. A OBR aconteceu entre os dias 11 e 15 de outubro e o resultado oficial foi divulgado neste sábado, 16, durante a cerimônia de encerramento. É a primeira vez que uma equipe de Santa Catarina conquista a competição.

A equipe campeã, chamada “Robotron IFSC”, é formada por Kamylo Porto, Kauan Fontanela e Lucas dos Anjos, estudantes do terceiro ano do curso técnico em Mecatrônica. Eles foram campeões da etapa estadual, disputada em agosto, e se classificaram para disputar a final nacional com outras 93 equipes de estudantes de todos os estados brasileiros. Com o título da OBR, também conquistaram a vaga para disputar uma competição mundial na Tailândia em 2022.

“Colocar o IFSC em uma posição tão grande em todo o Brasil me passa um sentimento de dever cumprido, já que não estamos representando apenas os nossos esforços, e sim os esforços de todos os profissionais que nos acompanharam ao longo dos anos”, resume Lucas.

Título inédito

A OBR é uma competição estudantil realizada desde 2006 com o objetivo estimular os jovens às carreiras científicas e tecnológicas. O evento é organizado pela RoboCup Brasil e pelo Colégio Técnico de Campinas, vinculado à Unicamp, com apoio de instituições de ensino técnico e superior e patrocínio de Petrobras, CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. De acordo com a organização, na edição deste ano foram inscritas 1531 equipes de todo o Brasil para a modalidade prática, entre estudantes do nível 1 (ensino fundamental) e do nível 2 (8º e 9º do ensino fundamental, ensino médio e ensino técnico).

Na modalidade prática, os estudantes são desafiados a programar um robô autônomo que precisa executar determinadas tarefas em uma pista que simula um ambiente de desastre, com obstáculos e a necessidade de “resgatar” vítimas. Pelo segundo ano consecutivo, a competição foi realizada em um ambiente virtual, que simula os mesmos obstáculos e imperfeições de uma pista física, desafiando os estudantes a prograrem o robô para que supere os obstáculos e cumpra as tarefas determinadas.

Os alunos do IFSC Câmpus Criciúma vinham melhorando a colocação na etapa nacional da OBR nos últimos anos. Foi a terceira participação de Kamylo e a segunda de Lucas e Kauan. Depois de conquistar a oitava e a sexta colocação geral, o trio obteve a tão sonhada medalha de ouro na fase nacional da OBR em 2021, no último ano de ensino médio. Entre a primeira fase e a grande decisão, a Robotron 5497 pontos em quatro pistas, terminando com 120 pontos de vantagem para a segunda colocada.

“Além de usar a experiência e os conhecimentos que adquirimos ano passado, também tivemos que nos adaptar aos novos desafios implementados pela OBR, como o kit de resgate e a mudança da estrutura da área de resgate. Além de uma repaginação na forma como o robô resgatava as vítimas, também fizemos algumas alterações e adicionamos verificações no seguidor de linha para aumentar a eficiência e diminuir os erros durante o trajeto”, explica Lucas.

Conquista coletiva

De acordo com o professor do IFSC Giovani Batista de Souza, coordenador estadual da OBR em Santa Catarina, é o primeiro título nacional de uma equipe catarinense na OBR. O Câmpus Criciúma do IFSC participa regularmente da OBR desde o ano de 2014. Desde então, os alunos do Câmpus não venceram a etapa estadual apenas dois anos. O título nacional era uma questão de tempo, como explica o professor Douglas Lucas dos Reis, um dos orientadores da Robotron.

“O Câmpus vem trabalhando e competindo na OBR desde 2015, em busca dess resultado que agora veio. Conquistarmos essa primeira posição é um feito bem grande. Os alunos estão de parabéns, mas também os anteriores, porque foi uma troca de experiências entre eles para que essa conquista chegasse. Com certeza, é um título que tem um valor enorme para alunos e também professores que contribuíram para isso”, diz.

Para Kamylo, que individualmente participou das três últimas etapas nacionais da OBR, a conquista do primeiro lugar concretiza três anos de muita dedicação. “É a concretização de todo o esforço dos últimos anos, trabalhando com a programação do robô, descontando toda a raiva e frustração. É a concretização de todo o aprendizado. É importante lembrar também que os estudantes que participam da OBR formaram uma comunidade, em que um ajuda o outro”, destaca.

Por Redação Portal Veneza

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