Engana-se você,
Ao pensar no desamor!
Na falta de pudor, da noite anterior!
Engana-se você,
Que anda calado!
Sofrendo um bocado!
Sem saber se é rancor!
Ou a falta de um abraço!
Engana-se você!
Que julga sem saber!
Pelo beijo enganado,
Que lhe foi roubado!
Na fila do bando desalmado!
Engana-se você,
Ao pensar na menina bela!
Na jovem Cinderela!
Que parecia ser ideal!
E fez-lhe frustrar!
Engana-se também!
Pensar que és refém!
Ou vítima da situação!
Que no mundo lhe fez corar!
Por ser tão culpado quanto ela!
Engana-se você!
Ao pensar que não tem liberdade!
A não entender que a vaidade,
Acompanha-lhe lado a lado!
E faz-lhe malogrado!
Pela liberdade alheia não lhe escolher!
Enfim, engana-se você!
Ao pensar na vida como ideal!