Encontre a melhor estratégia de precificação para seu e-commerce

O mercado online é onde acontecem as maiores concorrências, se comparado às lojas físicas e segmentos. Afinal a variedade de nichos e produtos é quase infinita. Esse ramo teve início na década de 70. Para ser mais preciso, em 1979, quando Michael Aldrich criou o primeiro shopping online com transações B2C (relação empresa / consumidor) e B2B (relação empresa / empresa).

Desde então, as estratégias de mercado e precificação têm mudado muito, seja por causa do crescimento, pela evolução e necessidades do público, pelo aprimoramento dos produtos e, também, das novas tecnologias. Essas reestruturações sempre aconteceram e jamais ficarão na inércia.

Todos já vivenciamos os exemplos citados acima, alguns até nos chocam devido a velocidade e intensidade. O mercado de celulares, smartphones é o segmento mais representativo: você faz pesquisas em diversos e-commerces, diversos modelos, funções, qualidades, preços, enfim. Em menos de um mês, todas as características já foram renovadas, inclusive os preços.

Essa velocidade atingiu, praticamente, todas as empresas físicas, pois as mesmas têm seus produtos/serviços online e aquelas que não estão conectadas, poderiam estar com o faturamento dobrado, afinal o e-commerce é um mercado promissor. Prova disso são os R$ 53,2 bilhões movimentados em 2018.

Todas as estratégias são válidas.

Encontre a melhor para o seu negócio

Muitos empresários, empreendedores, investidores, com ou sem know-how, se questionam constantemente: Se o mercado online é tão rentável, quais estratégias devo usar para melhorar a precificação em meu e-commerce? Em primeiro lugar é ter consciência de que não existe receita de bolo, não é um setor matemático, exato. É usar a antiga metodologia: tentativa e erro.

As alternativas são infindáveis, mas a estratégia inicial é básica: definir o público-alvo dentro do nicho do seu negócio. Parece óbvio, mas caso haja falhas nessa fase, seus produtos/serviços não chegarão a quem realmente devem chegar. Classe social, hábitos de consumo, faixa etária, gênero, entender o porquê o cliente quer a mercadoria e sua expectativa são informações essenciais que você, gestor do e-commerce, tem que ter em mãos.

Foco: Nenhuma empresa vai se manter no mercado por muito tempo se não tiver clareza de suas metas e objetivos – planejamento estratégico. Sem foco, não se chega a lugar algum. Será como um barco no mar sem velas e remos, sem direcionamento. Então, defina com riqueza de detalhes o quanto pretende rentabilizar todo mês, quanto será a margem de lucro, meta de crescimento anual, entre outros objetivos.

Fluxo de caixa: Antes de precificar um produto/serviço no e-commerce é preciso ter em mente todos os custos fixos envolvidos, diretos ou indiretos, até mesmo se o trabalho for desenvolvido em home office. Água, luz, telefone, internet, fornecedores, possíveis colaboradores, manutenção, investimentos, impostos, taxas de cartão de débito e crédito, pagamentos à vista, a prazo.

O entendimento e acompanhamento de cada tarifa influi diretamente no preço final do seu produto. Lembrando que não deve pesar financeiramente para nenhum dos lados (empresa <=> cliente).

Baseando-se nos concorrentes: Você tem ideia de quantos concorrentes têm na sua região? Você já pesquisou sobre eles? Além do público-alvo, a precificação também se baseia a partir de seus concorrentes. Acessar o site deles, comparar preços dos produtos e serviços, acompanhar o que estão fazendo são estratégias bem interessantes.

Não quer dizer que se um concorrente sobe ou desce o valor, você terá de fazer o mesmo. Seus preços têm que variar, mas sem perder sua margem de lucro – porcentagem adicionada à precificação total ao lucro estipulada.

Custos de mercadorias e armazenamento: Todo produto adquirido, obviamente, tem custos, seja na compra direta do fornecedor – com impostos já embutidos -, na manutenção, na estocagem, entre outros. Análises sobre como reduzir essas tarifas têm de ser constantes, pois, no fim das contas, cada centavo fará diferença.

O sistema ‘cross doking’ pode te ajudar nessa retenção de custos, pois é um método de distribuição em que o item comprado pelo site é enviado para um centro de distribuição ou armazém. De lá, através de um sistema bem estruturado, é enviado para o comprador. Essa opção reduz custos de frete, tempo, preocupações com o armazenamento, que podem ser investidos na estrutura e manutenção do seu negócio.

Market share: É a porcentagem de participação que sua empresa ou produto/serviço tem no mercado em que atua. Utilizar essa estratégia ajuda a mensurar a relevância/valor de sua campanha, mercadoria ou marca no e-commerce e aponta se as ações relacionadas ao planejamento estratégico-financeiro estão trazendo resultados.

Calcular e examinar o market share, com frequência, incentiva trabalhar com enfoque nas metas que estão tendo sucesso ou se têm de ser mudadas, ajudando a encontrar as fraquezas da empresa ou produto. Analisar os dados com precisão trará mais segurança e estabilidade para o e-commerce.

O mundo desse mercado tem espaço para qualquer tipo de negócio e em qualquer área. As estratégias para estruturar a precificação ideal no seu segmento são incontáveis. Não existem dados que provem a ferramenta certa, mas, como sugerido no início, defina seu público-alvo e seus objetivos. A partir daí é testar, encontrar aquela que se encaixa no seu e-commerce e colher os resultados.